Menu
Mundo

Boric renova gabinete um ano após assumir o governo chileno

Esta é a segunda mudança de gabinete que Boric faz em seu primeiro ano de governo.

Redação Jornal de Brasília

10/03/2023 18h22

Foto: Javier Torres/AFP

O presidente do Chile, Gabriel Boric, trocou sua chanceler e outros quatro ministros, nesta sexta-feira (10), iniciando uma renovação de seu gabinete um ano depois de assumir o poder como o presidente mais jovem da história do país.

Após a dura derrota sofrida esta semana no Congresso pela rejeição de uma reforma tributária considerada fundamental por seu governo, Boric disse que fez ajustes em sua equipe com foco em melhorar a gestão e equilibrar as forças da coalizão de esquerda que o acompanha.

“O que me motiva a fazer estas mudanças (…) não são pressões políticas ou pequenas compensações, o objetivo destas alterações é a nossa capacidade de resposta e melhorar a gestão”, declarou o presidente na cerimônia de posse no palácio de La Moneda.

Esta é a segunda mudança de gabinete que Boric faz em seu primeiro ano de governo.

A renovação chegou aos ministérios das Relações Exteriores, Obras Públicas, Cultura, Esportes e Ciências. Boric também fez mudanças em 15 subsecretarias.

A nova composição muda a hegemonia das mulheres no gabinete e agora há paridade: 12 ministras e 12 ministros. Antes havia 14 mulheres e 10 homens no gabinete ministerial.

Boric, no entanto, deixa intacta a Comissão Política e a equipe econômica, que tem conseguido mostrar bons números em nível local.

O ex-vice-secretário de Relações Exteriores do primeiro governo de Michelle Bachelet (2006-2010) e representante do Chile na Corte Internacional de Justiça de Haia, Alberto van Klaveren, substituirá a ex-chanceler Antonia Urrejola.

Urrejola estava no cargo desde o início do governo. Este ano, sua gestão foi marcada pela digital deixada pelo Chile em matéria de política externa, pela qual Boric não hesitou em classificar como “ditadura” o governo de Daniel Ortega na Nicarágua, além de fazer duras críticas ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Mas alguns problemas na chancelaria, como o vazamento de um áudio em que o embaixador argentino no Chile é descrito em termos pejorativos, selaram a saída de Urrejola.

O Ministério de Obras Públicas ficará a cargo de Jessica López, ex-presidente do Banco Estado, enquanto o ex-jogador de futebol Jaime Pizarro assumirá a pasta de Esportes. A advogada Aisén Etcheverry irá chefiar o Ministério das Ciências e o ex-diretor de Televisão Nacional Jaime de Aguirre irá liderar a Cultura.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado