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Bolsas de NY fecham em baixa, pressionadas por BCs e temores por uma recessão

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, 16, pressionadas pelo aperto monetário dos bancos centrais, com sinalizações nesta semana de que as autoridades seguirão aumentando juros

Redação Jornal de Brasília

16/12/2022 18h48

Foto: Reprodução

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, 16, pressionadas pelo aperto monetário dos bancos centrais, com sinalizações nesta semana de que as autoridades seguirão aumentando juros e mantendo as taxas elevadas. Ao longo da sessão, dirigentes do Federal Reserve (Fed) reforçaram as mensagens de que a prioridade será a redução na inflação para níveis próximos da meta de 2%. Neste cenário, avançam os temores de uma recessão na economia americana, o que já vem impactando algumas empresas, incluindo demissões.

O índice Dow Jones fechou em queda 0,85%, aos 32.920,46 pontos, o S&P 500 caiu 1,11%, aos 3.852,36 pontos e o Nasdaq recuou 0,97%, aos 10.705,41 pontos. Na semana, houve queda de 1,66%, 2,08% e 2,72%, respectivamente.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta sexta-feira que o BC americano está longe do seu objetivo de estabilidade de preços. “Inflação é ‘tóxica’, e precisamos chegar na meta de 2%. Estamos resolutos em desacelerar a inflação até a meta”, destacou. O dirigente da distrital de Nova York, John Williams, disse que “medidas suficientemente restritivas para baixar a inflação” podem exigir juros mais altos do que as previsões de 5% a 5,5% para o próximo ano. Já a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, avaliou que demorará algum tempo para a inflação cair, e que os Fed funds devem ficar acima de 5% em 2023.

Na visão da Oxford Economics, até agora, as empresas têm conseguido repassar os custos mais altos de insumos para o consumidor, mas isso será testado à medida que a economia começar a enfraquecer. “O mercado de ações parece estar atribuindo uma alta probabilidade de recessão em 2023”, avalia. “Existe o risco de um aumento repentino nos spreads dos títulos corporativos de alto rendimento se a recessão preocupar os fãs com o risco de crédito ou se os bancos continuarem a restringir os padrões de empréstimo para empréstimos comerciais e industriais”, alerta.

Neste cenário, segundo o Semafor, o Goldman Sachs planeja demitir até 4 mil funcionários enquanto luta para atingir as metas de lucratividade e se retira de sua aposta no Main Street Banking, de acordo com fontes. Os gerentes de toda a empresa foram solicitados a identificar pessoas de baixo desempenho para o que poderia ser um corte de até 8% em sua força de trabalho no início do próximo ano. Hoje, as ações do banco caíram 0,98%. Morgan Stanley (-1,06%) e Bank of America (-0,28%) são outras quedas de destaque do setor.

Estadão Conteúdo

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