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Bolsas de NY fecham em alta, com ajuste de posições na expectativa por CPI

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 13, à medida que investidores ajustam expectativas

Redação Jornal de Brasília

13/02/2023 18h37

Foto: Reprodução

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 13, à medida que investidores ajustam expectativas, nas mesas de operações, pelos dados do índice de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta terça, 14. Ao mesmo tempo, membros do Federal Reserve (Fed) reforçam a necessidade de manutenção do aperto monetário.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 1,11%, a 34 245,93 pontos; o S&P 500 subiu 1,14%, a 4.137,29 pontos; e o Nasdaq avançou de 1,48%, a 11.891,79 pontos.

“O CPI de janeiro confirmará ou adiará a rápida reavaliação de uma maior probabilidade de um cenário de atividade mais forte e inflação mais alta e, portanto, novos aumentos da taxa do Fed”, analisa o Citi. Porém, o banco alerta que as mudanças de metodologia que afetam componentes como carros novos e aluguel equivalente dos proprietários criam muito mais incerteza em relação aos dados de janeiro do que em um mês normal.

Segundo a mediana das estimativas de 25 analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o CPI subiu 0,5% em janeiro, na comparação mensal, o representaria uma aceleração em relação ao avanço mensal de 0,1% em dezembro. Para o núcleo do dado, que exclui os voláteis itens de energia e alimentos, a mediana aponta ganho mensal de 0,4%, o que repetiria a leitura de dezembro. Em comunicado divulgado hoje, o Fed de Nova York informou que as expectativas de inflação nos EUA seguem, no geral, estáveis: em um ano permaneceu em 5,0%, enquanto a de três anos recuou de 2,9% para 2,7% e a de cinco anos subiu de 2,4% a 2,5%.

“A chave aqui é em que nível a inflação começará a se estabilizar”, disse Peter Garnry, chefe de estratégia de ações do Saxo Bank. “Se fatores inflacionários forem persistentes, o Fed estará em uma posição em que terá que fazer mais ou manter as taxas por mais tempo do que o mercado está precificando”, completou. Analista da Oanda, Edward Moya ressalta ainda que os ativos de risco podem ter dificuldades, se tiver mais investidores fazendo apostas por muito mais aperto do Fed. “Se o CPI de amanhã for muito quente, o mercado pode começar a precificar totalmente em dois aumentos de juros 25 pontos-base e ficar em dúvida sobre um terceiro”, diz Moya.

Diretora do Fed, Michelle Bowman previu hoje que as taxas de juros do país continuarão subindo para que a instituição consiga cumprir sua meta de inflação de 2%. Segundo ela, os atuais aumentos de juros do Fed são apropriados para trazer as taxas a um “nível suficientemente restritivo”, sendo que os juros terão de permanecer nesse patamar “por algum tempo” para que a estabilidade de preços seja restaurada.

Entre as ações de destaque, estão as da Meta (+3,03%), que subiram após reportagem do jornal do Financial Times informar que a companhia adiou a finalização dos orçamentos de equipes, à medida que se prepara para cortar sua forçar de trabalho. A Microsoft também mostrou alta firme, de 3,12%, em meio ao otimismo gerado pelos planos de inteligência artificial da companhia.

Estadão Conteúdo

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