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Boias anti-imigrantes no Texas são ‘ilegais’, diz embaixador dos EUA no México

“O que o Texas está fazendo é ilegal, mas também é (…) fazer da questão da imigração um fenômeno político e não um fenômeno humanitário, econômico”

Redação Jornal de Brasília

27/07/2023 19h25

– Foto: divulgação/Governo do Texas

As boias colocadas pelo estado do Texas no rio Bravo, na fronteira com o México, para deter a passagem de imigrantes foram declaradas “ilegais” pelo embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, nesta quinta-feira (27).

Em coletiva de imprensa, o diplomata recordou que o Departamento de Justiça apresentou um processo civil na segunda-feira para impedir que o governo do republicano Greg Abbott coloque mais barreiras e pedindo a remoção das já existentes.

“O que o Texas está fazendo é ilegal, mas também é (…) fazer da questão da imigração um fenômeno político e não um fenômeno humanitário, econômico”, disse Salazar.

Ele apontou que é mais importante abordar as causas da imigração e construir políticas que permitam um fluxo legal, seguro e ordenado de imigrantes.

Na terça-feira, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que essas boias eram uma “provocação” e que violavam a soberania mexicana.

Por sua vez, a chanceler mexicana, Alicia Bárcena, informou na quarta-feira que mais de 75% da barreira de boias, de 305 metros de comprimento, estão localizadas no território mexicano e que seu gabinete enviou duas notas diplomáticas a Washington especificando os tratados fronteiriços que são violados com sua instalação.

No início de julho, Abbott ordenou a instalação da barreira de boias no rio Grande, além de cercas de arame farpado nas margens, em um ponto usado pelos imigrantes que cruzam a fronteira vindos do México.

Segundo informações de meios de comunicação, alguns imigrantes ficaram presos nas boias e tiveram que ser resgatados.

Um empresário do Texas que oferece passeios pelo rio também apresentou uma processo contra as barreiras, alegando que elas prejudicam a passagem de suas embarcações turísticas.

Na semana passada, a embaixada do México anunciou que também analisa possíveis ações legais.

© Agence France-Presse

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