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Biden promete novas medidas para baratear remédios nos EUA

A reforma anunciada por Biden é parte da Lei de Redução da Inflação, um vasto programa que inclui reformas sociais e transição energética.

Redação Jornal de Brasília

29/08/2023 15h32

Foto: SAUL LOEB / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que busca se reeleger falando em aliviar o bolso dos eleitores, prometeu reduzir, nesta terça-feira (29), o preço de dez medicamentos para tratar doenças graves e provocou protestos de empresas farmacêuticas.

Enquanto “a indústria farmacêutica obtém lucros recordes, milhões de americanos se veem obrigados a escolher entre pagar os medicamentos de que necessitam para viver, ou pagar a comida, o aluguel e outras necessidades básicas. Esses dias estão chegando ao fim”, disse o presidente democrata em um comunicado.

Os Estados Unidos pagam em média 2,5 vezes mais pelos medicamentos com receita do que países como a França, segundo um estudo da Rand Corporation.

A reforma anunciada por Biden é parte da Lei de Redução da Inflação, um vasto programa que inclui reformas sociais e transição energética.

Inicialmente, a Casa Branca escolheu dez medicamentos, cujos preços a partir de agora poderão ser negociados pelo Medicare, o sistema que fornece cobertura de saúde para maiores de 65 anos.

Segundo o governo americano, em 2022, as pessoas idosas tiveram de gastar 3,4 bilhões de dólares (R$ 17,5 bilhões na cotação da época) em tratamentos para coágulos sanguíneos, diabetes, problemas cardíacos, psoríase e câncer de sangue.

Um desses remédios, o anticoagulante Eliquis (apixaban), é utilizado por mais de 3,7 milhões de beneficiários do Medicare.

O laboratório Bristol Myers Squibb, seu fabricante, disse que os beneficiários do Medicare com prescrição para esse medicamento “podem obtê-lo atualmente com gastos relativamente baixos, por uma média de 55 dólares (R$ 267,00) ao mês” e afirma que a iniciativa de Biden põe isso “em risco”.

O grupo Johnson & Johnson, que produz dois dos fármacos inclusos na medida, disse que a reforma “restringiria a inovação médica, limitaria o acesso e a escolha dos pacientes, e refletiria negativamente na qualidade geral da assistência”.

© Agence France-Presse

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