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Biden inicia modestamente inspeções de armas na Ucrânia

Nos últimos dois meses, uma pequena equipe do Departamento de Defesa esteve em campo na Ucrânia realizando inspeções

Redação Jornal de Brasília

05/11/2022 12h24

Foto: Brendan Smialowski / AFP

Os esforços do governo Biden para verificar os bilhões de dólares em armas enviados para a Ucrânia – embora limitados em escopo – não encontraram nenhuma evidência de má conduta em larga escala, dizem autoridades dos Estados Unidos.

Nos últimos dois meses, uma pequena equipe do Departamento de Defesa esteve em campo na Ucrânia realizando inspeções. O grupo, com sede na Embaixada dos Estados Unidos em Kiev, até agora conseguiu verificar apenas uma pequena quantidade dos mais de US$ 18 bilhões em armas fornecidas aos ucranianos, disseram autoridades norte-americanas.

Apesar dos relatos não verificados de armas caindo em mãos erradas ou saindo da Ucrânia, autoridades dos Estados Unidos disseram que os ucranianos estão rastreando agressivamente equipamentos fornecidos pelos americanos. A falta de extensas verificações ocorre porque não há evidências de que as armas estejam sendo desviadas, disseram eles. Essas autoridades disseram que o pessoal dos Estados Unidos inspecionou cerca de 10% das armas enviadas para a Ucrânia.

Aumento da pressão – O governo Biden está sob crescente pressão para garantir que as armas enviadas para a Ucrânia sejam usadas como pretendido, e não vendidas no mercado paralelo ou roubadas pelas forças russas. No entanto, a guerra contínua torna as inspeções no local difíceis, se não impossíveis.

Os Estados Unidos são responsáveis por armas maiores, como os lançadores de foguetes móveis Himars, usando vigilância eletrônica e outros “sistemas de monitoramento de uso final”, disseram funcionários do Departamento de Estado.

Mais problemáticas são as armas menores e mais portáteis, como as armas antitanque Javelin e mísseis antiaéreos Stinger, que historicamente representam um risco maior de acabar nas mãos erradas, disseram autoridades.

A maior ameaça de armas caindo em mãos erradas vem das forças pró-Rússia, que podem roubar armas do campo de batalha, de acordo com um funcionário do Departamento de Estado. Também existem riscos para outras partes, como grupos terroristas.

Embora os funcionários do governo queiram determinar que todo o armamento que foi enviado a Kiev está nas mãos dos militares ucranianos, eles têm relutado em colocar o pessoal dos Estados Unidos em perigo dentro do país ou arriscar escalar o conflito com a Rússia por ter forças militares dentro da Ucrânia realizando inspeções.

Autoridades do Pentágono se recusaram a fornecer detalhes sobre as inspeções, ou quem está conduzindo, mas disseram que nenhuma ocorreu na linha de frente do conflito, agora em seu nono mês.

Embora o Departamento de Estado tenha anunciado pela primeira vez seu esforço para monitorar as armas fornecidas pelos Estados Unidos na semana passada, tem rastreado essas armas desde o início da guerra, disseram autoridades do Congresso.

Estadão Conteúdo

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