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Biden anuncia novas entregas de armas à Ucrânia em visita surpresa a Kiev

Em entrevista coletiva com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, Biden disse que entregará US$ 500 milhões em ajuda suplementar

Redação Jornal de Brasília

20/02/2023 10h42

Foto: Evan Vucci / POOL / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou seu apoio “inabalável” à Ucrânia durante uma visita surpresa a Kiev nesta segunda-feira (20), na qual prometeu novas entregas de armas aos ucranianos, poucos dias antes do primeiro aniversário da invasão russa.

“Anunciarei uma nova entrega de equipamentos essenciais, especialmente munição de artilharia, sistemas antitanque e radares de vigilância aérea”, disse o presidente, citado em comunicado da Casa Branca.

Esta é a primeira visita de Biden ao país devastado pela guerra desde a invasão das tropas russas em 24 de fevereiro de 2022.

Em entrevista coletiva com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, Biden disse que entregará US$ 500 milhões em ajuda suplementar e que os detalhes serão anunciados nos próximos dias.

“Acho que é fundamental que não haja dúvida sobre o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia”, enfatizou Biden.

Kiev precisa urgentemente de munições de longo alcance para sua artilharia e tanques para enfrentar uma nova ofensiva russa, bem como para reconquistar os territórios ocupados por Moscou no leste e sul do país.

Os novos carregamentos de armas prometidos por Biden são “um sinal inequívoco” de que a Rússia “não tem chance”, disse Zelensky.

“Mais que heroico”

O presidente da Ucrânia disse nas redes sociais que a visita de seu homólogo americano foi “um sinal extremamente importante de apoio a todos os ucranianos”.

Sirenes antiaéreas soaram em Kiev durante a visita de Biden, segundo jornalistas da AFP.

Esta viagem ocorre depois da visita de vários líderes europeus à capital ucraniana e à de Zelensky a Washington em dezembro.

Os dois líderes depositaram uma coroa de flores no Muro da Memória pelos heróis caídos da guerra russo-ucraniana, nesta segunda-feira, com um hino militar tocando ao fundo e na presença de oficiais ucranianos uniformizados.

O presidente ucraniano saudou a presença de seu homólogo americano e declarou que os dois querem discutir “como vencer (a guerra) este ano”.

Joe Biden expressou sua admiração pela resiliência dos ucranianos diante do invasor. “É mais do que heroico”, disse ele.

“Acelerar o apoio militar”

A Ucrânia vive uma intensificação dos combates no leste do país, onde a Rússia espera retomar a iniciativa após sofrer sérios reveses no outono.

A visita ocorre depois que Washington acusou Pequim de considerar enviar armas para a Rússia.

“São os Estados Unidos, e não a China, que enviam carregamentos de armas para o campo de batalha sem parar”, defendeu o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

“Pedimos aos Estados Unidos que reflitam sobre suas próprias ações e façam mais para aliviar a situação, promover a paz e o diálogo e parar de culpar e espalhar informações falsas”, disse durante uma coletiva de imprensa regular.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também alertou Pequim para não enviar armas à Rússia para a guerra na Ucrânia.

“Para nós, seria (cruzar) uma linha vermelha”, insistiu.

Em uma conferência de segurança em Munique no fim de semana, Borrell transmitiu uma mensagem contundente sobre a redução de suprimentos de munição para Kiev em sua luta contra a invasão russa.

“Vamos acelerar nosso apoio militar à Ucrânia. A Ucrânia está em uma situação crítica do ponto de vista da munição disponível”, disse Borrell.

© Agence France-Presse

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