Neutralidade e desmilitarização da Ucrânia são cruciais para fim da guerra, diz Putin a Macron
Josep Borrell
A invasão militar lançada pela Rússia na Ucrânia está se tornando cada vez “mais brutal” – advertiu o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, nesta segunda-feira (28), denunciando o alto número de vítimas civis.
“A campanha militar russa se torna cada dia mais brutal, e as forças ucranianas respondem com coragem. Kiev resiste, assim como Mariupol e Kharkiv”, declarou Borrell, ao término de uma videoconferência com ministros europeus da Defesa.
Reino Unido
Um porta-voz de Downing Street afirmou nesta segunda-feira (28) querer “derrubar o regime de Putin” com as sanções impostas pela invasão da Ucrânia, mas recuou e explicou não buscar “uma mudança de regime”, mas sim “parar” a Rússia.
As sanções britânicas, dirigidas em particular ao presidente russo e ao banco central, “são projetadas para derrubar o regime de Putin”, disse um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson a repórteres.
Questionado sobre essas palavras, o porta-voz imediatamente se retratou: “Não estamos procurando uma mudança de regime de forma alguma. A questão aqui é a maneira como deteremos a Rússia”.
Essas declarações vêm após uma série de trocas virulentas entre Moscou e Londres. Na semana passada, Johnson chamou Putin de “ditador”.
Na segunda-feira, o Kremlin explicou que a decisão de Putin de colocar sua força de dissuasão nuclear em alerta foi uma reação às palavras da diplomata britânica, Liz Truss, sobre possíveis confrontos entre a Rússia e a Otan.
Truss declarou no domingo que “se não pararmos Putin na Ucrânia, haverá outros países ameaçados, como os países bálticos, Polônia, Moldávia. E isso pode acabar em um conflito com a Otan”.
© Agence France-Presse