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ALERTA: Eleições americanas: Biden lidera na Geórgia, e apuração segue

A campanha de Donald Trump deve pedir a recontagem dos votos assim que a apuração na Geórgia acabar, além de entrar com novos processos

Redação Jornal de Brasília

06/11/2020 6h58

O candidato democrata Joe Biden virou o jogo na Geórgia em meio à acirrada disputa pela presidência dos EUA e agora lidera no Estado, com 917 votos a mais, e 99% dos votos apurados até agora. Ele está mais perto de conquistar a Casa Branca, mas o resultado ainda pode se reverter.

Quem vencer na Geórgia leva 16 votos do Colégio Eleitoral. Somados aos 253 delegados que Biden já tem, se vencer ali, o democrata ficará a um voto do total necessário – 270 – para ganhar as eleições. Trump, com 214, ainda precisará de 40 votos.

A campanha de Donald Trump deve pedir a recontagem dos votos assim que a apuração na Geórgia acabar, além de entrar com novos processos judiciais desafiando a legalidade da apuração.

Dos seis estados que ainda não concluíram suas apurações, as atenções se voltam nesta sexta-feira para Geórgia, Pensilvânia e Nevada.

Além da Geórgia, onde a vantagem de Trump vem diminuindo nos últimos dois dias, e onde o candidato democrata assumiu a liderança na manhã desta sexta-feira, 6, ainda faltam cerca de 40 mil votos a serem contados no Estado, a maioria de centros urbanos perto de Atlanta, que tendem a votar nos democratas.

A vantagem de Donald Trump caiu também na Pensilvânia, para 18.042 votos, na manhã desta sexta-feira (6).

A diferença no momento é de 0,27 ponto percentual (49,56% a 49,29%).

Dos quatro condados que ainda não encerraram a apuração no estado da Geórgia, três interromperam a contagem e prosseguem na sexta-feira, mas um ainda segue somando seus votos nesta madrugada.

Com 97% da apuração projetada na Pensilvânia, o atual presidente tem 3.285.965 votos, contra 3.267.923 de Joe Biden.

Há três horas, a vantagem do republicano era de 22.398 votos. Há dois dias, a vantagem de Trump na Pensilvânia era de 700 mil votos.

No Arizona, Estado onde vários veiculos projetavam vitória de Biden, cerca de 300 mil votos ainda precisam ser apurados, segundo a CNN. Biden tem uma vantagem de 47.052 votos.

Com 90% das urnas apuradas, Joe Biden tem 1.532.062 votos (50.1%), e Trump tem 1.485.010 (48.5). A vantagem de Biden é de 1,6 ponto porcentual.

A Carolina do Norte ainda pode, por lei, continuar contando votos que cheguem até o dia 12 – desde que eles tenham sido enviados até o dia 3.

O último estado a divulgar seus resultados, deve ser o Alasca, já que os votos por correio e os antecipados que foram depositados após o dia 29 de outubro só começarão a ser contados na próxima semana.

Geórgia

O Estado da Geórgia pode definir as eleições para a presidência dos Estados Unidos a qualquer momento – causando euforia entre os eleitores de Donald Trump e de Joe Biden. O republicano se manifestou pelo Twitter, afirmando que todos os Estados reivindicados por Biden serão levados ao tribunal; Biden, por outro lado, afirmou que a democracia “às vezes é confusa e demanda paciência”.

Com passado segregacionista, a Geórgia é dominada por republicanos, mas vê o crescimento da participação de eleitores imigrantes, que aumentou consideravelmente nesta campanha. Esse fator pode, pela primeira vez na história recente, mudar o rumo e os resultados das eleições no Estado.

A comunidade brasileira da Geórgia, por exemplo, é composta por mais de 80 mil pessoas — dessas, muitas já têm cidadania americana e, em sua maioria, votaram, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

Famílias famílias imigrantes no Estado duramente afetadas pela pandemia e também por políticas duras de imigração implantadas por Trump, que chegaram a separar muitas delas.

O clima entre os residentes do Estado é de expectativa e apreensão. O Estado está visivelmente dividido. Jeff Collier, por exemplo, apoia Trump. Perguntado sobre os motivos que o levaram a votar no republicano, declarou: “Votei em Trump porque ele não é político. Ele fez exatamente o que disse que faria. Ele baixou os impostos, removeu regulamentações, teve o menor desemprego de negros e hispânicos na história da América, criou a melhor economia da nossa história, e mesmo sendo atacado por todos, ninguém conseguiu provar nenhuma acusação contra ele. Todos os ataques contra Trump caíram por terra e não foram provados.”

Já Maria Silva, brasileira com cidadania americana, defende Biden porque “não concordo com a arrogância de Donald Trump nem com a falta de critérios dele ao deportar ilegais”. “Separando famílias, discriminando pessoas e causando sofrimento aos imigrantes. E ainda tem o fato de que Biden tem mais experiência para liderar o País e deixá-lo mais alinhado com o resto do mundo”, ressalta.

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