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ALERTA: Delegação da Ucrânia chega a Belarus para negociações com a Rússia (presidência)

Desde o início da invasão, a Ucrânia relatou 198 mortes de civis, incluindo três crianças. Por sua vez, a ONU relatou 240 feridos e 64 mortos

Redação Jornal de Brasília

28/02/2022 5h53

Foto: Daniel LEAL/AFP

A delegação ucraniana chegou nesta segunda-feira (28) ao local das negociações com a Rússia exigir um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência da Ucrânia.

“A delegação ucraniana chegou à área da fronteira Ucrânia-Belarus para participar nas negociações”, informou a presidência em um comunicado. “A questão chave é um cessar-fogo e a retirada das tropas do território ucraniano”, acrescenta a nota.

A delegação é liderada pelo ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, que está acompanhado pelo alto conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak.

No quinto dia da ofensiva, Moscou afirma que deseja discutir um “acordo” com Kiev durante o diálogo desta segunda-feira, no momento em que a invasão parece encontrar mais resistência.

“Cada hora que o conflito de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes”, declarou o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos militares russos que invadiram a Ucrânia a “depor as armas”, em um vídeo divulgado pouco antes do início das negociações com Moscou, nas quais Kiev exige a retirada das tropas russas.

“Abandonem seu equipamento, saiam daqui. Não acreditem em seus comandantes, não acreditem em seus propagandistas. Apenas salvem suas vidas”, afirmou em russo.

Diplomacia

A Ucrânia informou neste domingo (27) que concordou em conversar com a Rússia, no quarto dia da invasão das tropas russas ao país vizinho, enquanto o presidente Vladimir Putin ordenou que os militares colocassem “forças de dissuasão” nucleares em alerta.

O conflito já matou dezenas de civis e obrigou centenas de milhares a fugir, e as sanções contra a Rússia por lançar a ofensiva colocaram Moscou como um pária entre os países ocidentais e seus aliados.

O gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que uma delegação de seu país se reunirá com representantes russos na fronteira com Belarus, país de onde Moscou lançou sua ofensiva.

A reunião ocorrerá na região do rio Pripyat, perto da zona de exclusão da usina nuclear de Chernobyl.

“A delegação ucraniana se reunirá com a (delegação) russa sem estabelecer condições prévias”, declarou a presidência, após mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Mas o chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, alertou que seu país não irá “capitular”. E o presidente mais tarde declarou que tentará negociar, mas com “ceticismo”.

Enquanto vários países ocidentais anunciavam envios de ajuda e armas para a Ucrânia e ameaçavam endurecer as sanções contra a Rússia após a invasão, Putin ordenou que o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior colocassem as forças de dissuasão nucleares do Exército “em alerta”, o que Kiev denunciou como uma pressão.

Desde o início da invasão, a Ucrânia relatou 198 mortes de civis, incluindo três crianças. Por sua vez, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos relatou 240 civis feridos e 64 mortos.

Em Kiev, os habitantes resistiram aos bombardeios entre medo, confinamento em abrigos antiaéreos e exaustão. As ruas da cidade estavam vazias, exceto pelos poucos civis que ousavam sair para tentar comprar comida, às vezes sem sucesso.

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