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Mundo

ALERTA: Biden ordena embargo sobre a importação americana de petróleo e gás russo

A Rússia responde por menos de 10% das importações americanas de petróleo e produtos derivados

Redação Jornal de Brasília

08/03/2022 13h36

O presidente Joe Biden anunciou, nesta terça-feira (8), um embargo às importações dos Estados Unidos de petróleo russo, em resposta à invasão da Ucrânia por parte de Moscou.

Esta decisão foi tomada “em estreita coordenação” com os aliados dos Estados Unidos, especificou. “Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia. Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos”, disse em pronunciamento.

“A guerra de Putin está elevando preços, mas isso não é desculpa para que as empresas elevem os preços e explorem os consumidores americanos. Isso é algo que não toleraremos”, declarou.

A proibição incluirá o petróleo russo e o gás natural liquefeito. Os aliados europeus de Washington, mais dependentes da energia russa do que os Estados Unidos, não seguirão a decisão – pelo menos por enquanto.

A Rússia responde por menos de 10% das importações americanas de petróleo e produtos derivados, o que significa que o impacto para a maior economia do mundo seria mais fácil de suportar.

Embora os americanos estejam preocupados com a inflação e, agora, com o aumento dos preços do petróleo, afetando a popularidade de Biden entre os eleitores, a presidente da Câmara de Representantes (deputados), a democrata Nancy Pelosi, apoia esse embargo e o aumento das tarifas sobre outros produtos russos para “isolar a Rússia ainda mais da economia global”.

Os preços do petróleo subiram cerca de 30% após a invasão russa da Ucrânia.

E, nesta terça, o preço do barril de Brent, petróleo de referência na Europa, subia mais de 5%, em reação ao possível embargo dos Estados Unidos.

A perspectiva de que os Estados Unidos, o maior consumidor mundial desta commodity, vá prescindir da extração russa pelo conflito na Ucrânia elevou o preço do Brent para US$ 130,49 (+5,99%), por volta das 11h50 (horário de Brasília).

O barril do US West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril subiu 6,72%, para US$ 127,42.

Após uma breve calma na manhã de hoje, os preços voltaram a se aproximar de seus recordes desde 2008, já alcançados na segunda-feira, com US$ 139,13, no caso do Brent, e US$ 130,50, do barril do WTI.

Enquanto os combates continuam na Ucrânia, os investidores se concentram na ideia de que o petróleo será diretamente afetado pelas sanções dos EUA, ainda de acordo com informações da imprensa.

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