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Alemanha, França e Polônia prometem armas a Kiev

Scholz também prometeu buscar mais armas para Kiev no mercado global, além de aumentar a produção de equipamentos militares, incluindo por meio da cooperação com aliados

Redação Jornal de Brasília

15/03/2024 19h20

Alemanha, França e Polônia prometeram nesta sexta, 15, adquirir mais armas para a Ucrânia. O sinal de união veio durante o encontro do chamado Triângulo de Weimar, depois que as divergências entre Berlim e Paris sobre as estratégias para a guerra se tornaram públicas.

“Ele (o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski) sabe que pode confiar em nós e estamos renovando o nosso sinal de apoio”, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. “A Rússia deve saber que não desistiremos do nosso apoio à Ucrânia.”

Scholz também prometeu buscar mais armas para Kiev no mercado global, além de aumentar a produção de equipamentos militares, incluindo por meio da cooperação com aliados. “Queremos ajudar de todas as maneiras possíveis”, afirmou Tusk.

“Este é um momento sério”, disse Macron. “O fato de estarmos unidos, determinados a nunca deixar a Rússia vencer e a apoiar o povo ucraniano até o fim, é uma força para nós e para a Europa.”

Divergências

Embora as divergências não tenham sido abordadas durante a entrevista coletiva, Macron disse que os três permaneceriam fiéis à sua posição de “nunca tomar a iniciativa de uma escalada”.

No mês passado, o presidente francês alarmou aliados ao dizer que não descartava a possibilidade de mandar tropas para Ucrânia – o que colocaria a Otan em conflito direto com a Rússia. Embora Alemanha e Polônia tenham negado essa possibilidade, Macron insistiu. “Chegará o momento em que será necessário não sermos covardes”, disse.

A declaração foi tomada em Berlim como um insulto. Mesmo diante do atrito, Macron reafirmou sua posição mais uma vez, um dia antes do encontro de ontem em Berlim. Em entrevista à TF1 e à France 2, ele disse que o envio de tropas não ocorrerá agora, mas deixou no ar que “todas as opções são possíveis”.

Apesar das promessas renovadas, Scholz tem se recusado a fornecer para a Ucrânia os mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus, por temer que o país seja arrastado para a guerra. A oposição criticou a decisão e apresentou uma moção no Parlamento para que as armas fossem enviadas “imediatamente”.

Apesar de os partidos que fazem parte do governo terem votado com a oposição, o Parlamento alemão acabou rejeitando o envio dos mísseis Taurus em votação na quinta-feira.

Estadão Conteúdo.

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