Alexon Bezerra Rocha foi condenado, nesta quinta-feira (11), a 23 de anos e 3 meses de reclusão em regime fechado pelo homicídio de Alerte Campos de Oliveira Araújo. O crime aconteceu em novembro de 2018.
Os jurados acataram a tese apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e consideraram o réu culpado por feminicídio e a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz determinou o cumprimento imediato da pena e negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Entenda o caso
A vítima mantinha uma relação efetiva conturbada com Alexon Bezerra.O casal tinha brigado e reatado apenas dois dias antes do assassinato. As filhas de Arlete voltaram de madrugada de um forró, o qual o casal também tinha participado, e encontraram a mãe deitada numa rede na varanda, toda coberta. Elas acharam estranho e tentaram dar um beijo de boa noite, mas foram impedidas por Alexon dizendo para não incomodá-la.
Somente às 6h50 da manhã, o réu chamou a filha da vítima, de apenas 12 anos, dizendo que sua mãe teria se matado. Ele alegou que dormiu ao lado da mulher e quando acordou, ela estava morta e com uma faca ao lado.
A afirmação foi desmentida pela perícia que encontrou arranhões nos braços de Alexon e verificou que a vítima tinha lesões de defesa nos dedos. A arma do crime pertencia ao réu e foi achado sangue no casaco utilizado por ele no dia do crime. Alexon já possuía vários outros episódios anteriores relacionados à violência doméstica e familiar contra a mulher, inclusive com algumas condenações. De acordo com a sentença isso “evidencia ser pessoa que mantém tendência à prática de delitos relacionados ao gênero, colocando a sociedade refém de elevadíssimos índices de criminalidade, vítima de um verdadeiro terrorismo criminal”.
As informações são do MPDFT