Menu
Notícias

Ministério Público do Ceará cobra oxigênio para hospitais do interior

A alta de casos de covid-19 preocupa as autoridades, e ao menos dez municípios cearenses já estão em situação de colapso

Redação Jornal de Brasília

09/03/2021 9h09

Willian Matos e Hylda Cavalcanti
[email protected]

O Ministério Público do Ceará (MPCE) cobrou, na tarde de segunda-feira (8), medidas de gestores municipais para assegurar que hospitais do interior do estado não sofram com falta de oxigênio. A alta de casos de covid-19 preocupa as autoridades, e ao menos dez municípios cearenses já estão em situação de colapso em relação ao abastecimento de oxigênio medicinal.

O objetivo do MPCE é que os gestores se organizem para traçar a melhor estratégia de abastecimento e as empresas cumpram a responsabilidade social de, havendo capacidade operacional, estenderem a distribuição para que mais municípios cearenses tenham acesso ao insumo. 

A cobrança foi realiza por meio de videoconferência, coordenada pelo procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, em parceria com a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece). A reunião contou com a participação de 230 representantes de 80 municípios. 

A videoconferência veio após a empresa A&G, uma das responsáveis por fornecimento de oxigênio medicinal para hospitais de Fortaleza, emitir uma carta alertando para o risco de falta de oxigênio nos próximos dias na capital cearense.

Segundo o documento emitido pela empresa, os fornecedores do estado do Ceará “estão com a sua capacidade de envase totalmente comprometida” devido à alta demanda, motivo pelo qual os representantes da A&G pediram aos secretários de saúde dos municípios cearenses, diretores de hospitais e autoridades competentes a adoção do que chamaram de “plano B” para evitar que o sistema de saúde entre em colapso.

Foto cedida ao JBr

Assinada pelos diretores Antonio Gleison Alves de Souza e Cleber Olieira Lima, da A&G Gases, a carta explica que esse colapso pode vir a acontecer dentro de três a quatro dias e se dá em função de o consumo estar sendo até quatro vezes superior ao consumo normal de oxigênio nas unidades de saúde daquele estado. Ressalta, ainda, que a aquisição de novos cilindros leva até 145 dias para ser entregue.

Suprimento planejado

Por sua vez, o Governo do Ceará destacou que estabeleceu um planejamento de suprimento de oxigênio e que já emitiu comunicado oficial para as empresas fornecedoras do insumo, garantindo o fornecimento do gás para todas as unidades.

Nota da secretaria de Saúde cearense enfatizou, ainda, que “o abastecimento está garantido, mesmo que a demanda pelo oxigênio hospitalar seja cinco vezes maior que o ocorrido durante o pico da pandemia em 2020, ocorrido no mês de março”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado