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Live Commerce: conheça uma vitrine virtual ao vivo

Jornal de Brasília

28/11/2021 14h21

Atualizada 30/11/2021 14h23

Provavelmente você assistiu, em algum momento da vida, aos canais de televisão com ofertas e apresentação de produtos, que podiam ser comprados pelo telefone. Esse formato é conhecido como home shopping. No Brasil, o exemplo mais marcante é o do Shoptime, que iniciou há cerca de 26 anos. Atualmente, no entanto, por conta do e-commerce e das redes sociais, a internet é o principal canal de comunicação para muitas pessoas.

O cenário favorável fez florescer o conceito de Live Commerce – em alguns casos, pode ser conhecido como live streaming e-commerce ou shop streaming. O formato é um grande sucesso na Ásia, sobretudo na China, onde o e-commerce ultrapassou US$ 1 trilhão em 2020. Com a pandemia de Covid-19, que forçou o isolamento das pessoas, a live commerce recebeu o empurrão que faltava.

Com isso, esse formato está se espalhando para o mundo todo, inclusive no Brasil. Porém, antes de falar em live commerce em terras brasileiras e no seu desenvolvimento, é preciso explicar o conceito (o que é) e buscar os números do maior case de sucesso do mundo nesse sentido: a China.

O que é Live Commerce?

De forma resumida, live commerce é uma vitrine virtual ao vivo. Ou seja, durante as lives, o consumidor fica imerso em uma experiência completa de consumo: assiste à live, escolhe os produtos e finaliza a compra, tudo diretamente pelo aplicativo. Em muitos casos, como os exemplos que vêm da China, influenciadores digitais são os apresentadores do conteúdo, interagindo com a audiência e exibindo os produtos.

O exemplo chinês é, de fato, o mais impressionante. Em 2020, foram 617 milhões de usuários em plataformas de live commerce e 130 milhões de live streamers, conforme os dados de um relatório produzido pela China Association of Performing Arts. O sucesso é tanto que muitos apresentadores de lives tornaram-se celebridades, construindo uma nova profissão dentro do comércio eletrônico.

O próprio TikTok, que é um fenômeno atual no Brasil, tem a sua própria versão chinesa: Douyin, um case de sucesso em matéria de live commerce, com US$ 26 bilhões em transações no primeiro ano de operação. A maior fatia da audiência, no entanto, está concentrada no Taobao Live, que pertence ao grupo Alibaba.

Live commerce

Os brasileiros são apaixonados por redes sociais. No mundo, está entre os usuários mais assíduos. Outro dado que vai ao encontro das live commerce é o de que 74% dos brasileiros usam as redes sociais para fazer compras, conforme apontou a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN/Social Miner em parceria com a Etus e a Opinion Box.

No Brasil, já existem plataformas especializadas em oferecer e realizar live commerce, capazes de conectar influenciadores a marcas, distribuindo esse conteúdo em diferentes fontes de transmissão ou em aplicativos exclusivos para esse fim. O Mercado Livre, o maior marketplace da América Latina, é um exemplo de inovação nesse sentido. Está investindo em live commerce através da recém-criada plataforma Meli Live, que visa aproximar vendedores, clientes e criadores de conteúdo. 

Por meio do Meli Live, todas as características estão em cena: exposição e teste dos produtos, além de grande interação entre audiência (consumidores) e vendedores a partir dos recursos sociais e interativos da plataforma, visando estreitar vínculos e reforçar a confiança na marca e nos lojistas. É questão de tempo para que todos os grandes marketplaces (dentre aqueles que ainda não iniciaram) passem a investir em live commerce – saiba abaixo o porquê.

A força dos marketplaces para impulsionar novas formas de consumo

Um fator que não deve ser menosprezado é a força dos marketplaces. No ano de 2020, apenas como exemplo, eles tiveram acréscimo de 52% em relação a 2019, acima do total do mercado. Foram 148,6 milhões de pedidos nos marketplaces, com ticket médio de R$ 493. Todos os dados são oriundos da consultoria Ebit/Nielsen.

O relatório também apontou os três marketplaces nos quais os brasileiros mais compram: Americanas, Mercado Livre (que lançou o Meli Live) e Magazine Luiza. No Brasil, os marketplaces são muito relevantes porque representam segurança e qualidade, como novamente indicam os dados da Ebit/Nielsen: 90% dos consumidores afirmaram que a experiência foi boa ou ótima.

Além disso, é possível atribuir a evolução dos marketplaces ao avanço da tecnologia. Os lojistas estão cada vez mais atentos a soluções mais eficientes para gestão e logística, além de terem acesso a conteúdos ricos e gratuitos produzidos por todo o ecossistema de e-commerce brasileiro.

Atualmente, os lojistas têm acesso a ferramentas que facilitam a logística, a emissão de notas fiscais e o controle de toda a operação. Um exemplo de solução quase obrigatória nos dias atuais é o hub de integração de marketplaces – um dos mais conhecidos do mercado, pelo qual passa 10% do e-commerce brasileiro, é o Ideris hub.

Por fim, os números de crescimento e a evolução tecnológica indicam que vão continuar fomentando novas formas de vender, seja por meio de conteúdo, por marketplaces ou pelas redes sociais (Social Commerce), reafirmando a importância do e-commerce para a economia brasileira.

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