Menu
Notícias

Governo de Minas inicia negociação com representantes de paralisação

Romeu Zema tenta um acordo com os líderes das forças de segurança para colocar fim na paralisação no Estado, que já dura uma semana

Redação Jornal de Brasília

28/02/2022 7h50

Foto/Reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai negociar com líderes que representam as forças de segurança o fim da paralisação no Estado. A mobilização teve início há uma semana, com a adoção de “operação-padrão” pelas tropas. Os policiais reivindicam recomposição salarial de 41%.

No sábado, 26, a secretária de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto (PSDB), numa tentativa de abrir diálogo e encerrar o movimento, chamou integrantes de dez sindicatos para uma reunião no Palácio Tiradentes, sede do governo mineiro, nesta quinta-feira. Apoiadores dos protestos dos policiais, os deputados federais Subtenente Gonzaga (PDT), Cabo Junio do Amaral (PL) e Léo Motta (PSL) e os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Coronel Sandro (PSL), Delegada Sheila (PSL) e Delegado Heli Grilo (PSL) não foram convidados para o encontro no palácio. Todos eles são alinhados ao presidente Jair Bolsonaro e participaram dos atos ocorridos em Belo Horizonte, na semana passada.

Zema deve receber representantes de dez categorias profissionais de segurança de Minas Gerais, entre policiais militares e civis, bombeiros, agentes penais, prisionais, socioeducativos e da Defesa Civil, escrivães, peritos criminais e analistas de segurança.

As lideranças do movimento das forças de segurança, por meio de nota, afirmaram, também anteontem, que o encontro convocado pela secretária Luísa Barreto é o primeiro aceno que o governo Zema faz, “o que demonstra um claro interesse do Executivo estadual em iniciar uma negociação”.

Na sexta-feira passada, o movimento realizou na Cidade Administrativa, onde está instalado o Palácio Tiradentes, o segundo protesto contra o governador, rechaçando o aumento de 10,06% nos salários de todo o funcionalismo público do Estado, incluindo aposentados e inativos, proposto na véspera por Zema.

Acordo

As forças policiais pedem o cumprimento do acordo feito por Zema em seu primeiro ano de governo – ele prometeu fazer a recomposição salarial das tropas em três parcelas: 13% em julho de 2020, 12% em setembro do ano passado e 12% em setembro deste ano. A primeira parte do reajuste foi feita, mas as outras duas, não. As forças de segurança do Estado não tinham reajustes (baseados na inflação) desde 2015, durante a gestão do petista Fernando Pimentel (PT).

Na semana passada, Zema divulgou nota em que afirmou estar “equilibrando as contas”, mas que depende da renegociação da dívida com a União para atender ao pleito dos PMs. “A renegociação da dívida com a União permitirá recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de alternativas.”

Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas acolheu tese da advocacia do Estado e determinou o encerramento da greve dos policiais, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, limitada a R$ 10 milhões.

A reportagem do Estadão procurou ontem os deputados estaduais Sargento Rodrigues, Coronel Sandro e Delegada Sheila e o deputado federal Cabo Junio do Amaral para comentar o fato de não participarem das negociações, mas não houve resposta até a conclusão desta edição. Os deputados Delegado Heli Grilo e os deputados federais Subtenente Gonzaga e Léo Motta não foram localizados.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado