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Expectativa de avanço na COP-27 com mercado de carbono no combate ao aquecimento global; leia artigo

Expectativa é de que, durante a conferência, haja avanços nos princípios básicos de funcionamento do setor

Redação Jornal de Brasília

09/11/2022 6h01

Foto: Patrick T. Fallon/AFP

Não é exagero afirmar que a proteção do planeta depende de decisões que precisam ser tomadas com urgência nestes dias, quando ocorre a 27.ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, no Egito.

O mundo está atrasado demais no combate ao aquecimento global. Precisamos de ações concretas, efetivas e urgentes. Vivemos hoje o período mais quente da história dos últimos 125 mil anos, de acordo com o órgão de ciência climática da ONU.

Entre os desafios da conferência do clima, está traçar estratégias para limitar o aquecimento global a no máximo 1,5°C, colocando em prática as ações para cumprir a meta estabelecida no já antigo Acordo de Paris, de 2015. Caso o plano fracasse e a temperatura planetária suba além dos 2°C, o alerta dos cientistas é assustador.

Alguns efeitos previstos do aquecimento acima de 2°C são o derretimento de parte da Groenlândia e da Antártida, elevando o nível do mar ao longo dos próximos séculos, e a destruição de quase todos os recifes de coral de água quente. Além, evidentemente, dos efeitos das ondas de calor na saúde humana.

O mercado de crédito de carbono tem um papel crucial no combate ao aquecimento climático e será um dos assuntos em pauta na COP-27.

A expectativa é de que haja avanços nos princípios básicos de funcionamento do setor, com definições como a estrutura e a governança da entidade que fará o registro dos créditos de carbono a nível global.

Vale lembrar que, no Brasil, o mercado de carbono é voluntário, ou seja, ninguém é obrigado a participar. Mas, além de sustentável, a adesão tem se mostrado lucrativa para os produtores, que podem acessar recursos financeiros do mercado voluntário de carbono. E o País tem um potencial gigantesco em setores como o agronegócio, que representa 27% do Produto Interno Bruno (PIB) nacional e emprega 19 milhões de pessoas.

Além da preservação de áreas de floresta, recuperação de pastagens degradadas, tratamento de dejetos animais, sistemas de integração, florestas plantadas e bioinsumos são apenas alguns dos exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas pelos produtores rurais para garantirem créditos no mercado de carbono.

A virada de chave ocorre quando o produtor enxerga os investimentos em iniciativas sustentáveis não como um ônus, mas como uma necessidade para mais eficiência e produtividade no longo prazo. E o mundo inteiro agradece.

Estadão conteúdo

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