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Economia

Produção industrial registra maior alta do ano

Arquivo Geral

06/07/2006 0h00

Atualizada às 16h26

A produção industrial brasileira cresceu 1, approved drugs 6% em maio frente a abril, acima da projeção média de analistas, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O comportamento dos bens intermediários, que respondem por 60% da produção industrial do País, explica em boa medida a taxa de crescimento apurada. Além disso, percebe-se que o mercado interno tem sido mais importante do que o externo, segundo explicou Sílvio Sales, economista e coordenador do Departamento de Indústria do IBGE.

"Os bens intermediários concentram boa parte das exportações que são positivas, mas não são crescentes. Isso estimula uma produção para (atender) a demanda interna. Isso guarda relação também com a estabilização dos estoques", disse o economista.

Sales esclareceu que as empresas exportadoras apuraram, nos anos de 2003 e 2004, uma taxa de crescimento superior à média da indústria como um todo. Em 2005, o ritmo ficou em 3,5%, correspondente à média. Agora em 2006, enquanto a taxa de crescimento acumulada pela indústria no primeiro semestre foi de 3,3%, a das exportadoras ficou em 2,9%.

"Isso reforça a tese de que o crescimento está sendo estimulado pelo mercado doméstico", disse Sales.

Em relatório divulgado hoje, o IBGE destacou também que a produção acabou refletindo o comportamento de outros fatores, como a oferta de crédito, o crescimento do rendimento médio real e a inflação em queda.

Ainda em relação a abril, a produção de bens de capital avançou 1,8%, a de bens intermediários cresceu 1,9% e a de bens de consumo semi e não-duráveis, 0,4%. Já a produção de bens de consumo duráveis caiu 0,3%.

"Esperávamos crescimento de 1%. Veio mais forte, mas foi um dado qualitativamente bom, com crescimento em bens de capital e intermediários, que refletem mais investimentos, gerando ambiente propício para redução de juros", comentou a economista-chefe da Mellon Global Investments, Solange Srour.

Analistas esperavam, pela média de oito projeções, expansão de 1% da produção ante abril. Frente a maio do ano passado, a estimativa média de 11 instituições era de crescimento de 3,8%.

No ano, a atividade acumula expansão de 3,3% e nos últimos doze meses, de 2,6%. O aumento no ritmo de produção entre abril e maio atingiu 13 das 23 atividades com séries sazonalmente ajustadas acompanhadas pelo IBGE.

A produção de veículos automotores, por exemplo, cresceu 6,2%, enquanto o setor de alimentos apurou alta de 2,5% e máquinas e equipamentos tiveram elevação de 3,1%.

 

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