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Economia

Presidente da Vibra vê transição energética no Brasil via combustíveis ante eletrificação

Segundo o executivo, a eletrificação acontecerá no País, mas será um processo que vai demorar aproximadamente 20 anos

Redação Jornal de Brasília

30/01/2024 18h20

Foto: Divulgação

O presidente da Vibra, Ernesto Pousada, afirmou nesta terça-feira, 30, que vê a transição energética no Brasil acontecer de forma diferente na comparação com o restante do mundo. O executivo mencionou que o País tem uma grande vantagem em relação ao potencial de aproveitar a matéria-prima orgânica para a geração de combustível e energia.

“O Brasil está muito bem posicionado e eu vejo um contorno muito diferente para a transição energética do Brasil em relação ao mundo. Temos aqui uma forte presença do etanol, então enxergamos os combustíveis líquidos ainda permanecendo por alguns anos no Brasil”, afirmou Pousada.

Segundo o executivo, a eletrificação acontecerá no País, mas será um processo que vai demorar aproximadamente 20 anos. Enquanto isso, o Brasil aproveitará a disponibilidade de combustíveis líquidos com pegada de emissões mais sustentável. Com relação à Vibra, Pousada mencionou que nos últimos anos a empresa investiu R$ 4 bilhões em ações de transição energética e aposta na premissa.

Ele destacou a participação da Vibra em 50% na Comerc, geradora de energia, bem como a parceria recém-anunciada para a produção de metanol verde com a Inpasa.

De acordo com o executivo, a Vibra também deve investir R$ 100 milhões em bases na região Centro-Oeste para aumentar a exposição aos combustíveis renováveis.

Para Pousada, o processo de eletrificação acontecerá primeiro na região Sudeste, enquanto outras áreas do País continuarão a consumir combustíveis líquidos. Quanto ao negócio de lubrificantes, o presidente da Vibra comentou que deve recuperar o protagonismo dentro do segmento e pretende expandir a divisão para a América Latina.

Com relação às lojas de conveniência, Pousada disse que vê oportunidades a partir da própria eletrificação, visto que o tempo de espera para realizar a recarga nos automóveis será maior na comparação com os combustíveis líquidos, o que pode movimentar a demanda natural por espaços semelhantes aos de lojas de conveniência.

Estadão Conteúdo

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