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Economia

PMI Industrial do Brasil sobe a 50,1 em agosto, na 1ª vez acima do nível neutro em 10 meses

De acordo com a S&P Global, as empresas indicaram que o volume de pedidos aumentou pela primeira vez em um ano

Redação Jornal de Brasília

01/09/2023 10h43

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil avançou de 47,8 em julho para 50,1 em agosto. É a primeira vez em 10 meses que o indicador fica acima do nível neutro, de 50 pontos, o que indica expansão para a atividade.

De acordo com a S&P Global, as empresas indicaram que o volume de pedidos aumentou pela primeira vez em um ano, ainda que de forma discreta, o que levou a uma retomada dos volumes de produção.

“Os dados do PMI do Brasil revelaram uma recuperação promissora da indústria em agosto, marcada por um ligeiro aumento em novos pedidos e uma retomada do crescimento da produção. A retomada da contratação e a estabilização das compras de insumos indicaram o compromisso das empresas com o crescimento”, destacou em nota a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima.

A diretora também salientou que o prognóstico de queda na inflação e cortes nas taxas de juros pode estimular a demanda dos clientes, encorajando “previsões otimistas” para o próximo ano em relação à produção.

Pollyanna de Lima ressalta, porém, que, apesar da melhora na margem nesta leitura, as aberturas dos dados indicam que o crescimento das vendas e da produção se concentrou em categorias de bens de consumo, o que mantém a crise observada nos fabricantes de bens intermediários e de capital.

“As quedas contínuas nos custos dos insumos e nos preços dos bens finais refletiram o quadro recorrente de excedente de oferta sobre a demanda, apesar das melhoras em agosto. Os fabricantes conseguiram oferecer descontos em seus produtos em meio a um ambiente competitivo para tentar alavancar as vendas sem comprometer as margens. Aqui foram registradas reduções generalizadas nas categorias de bens de consumo, intermediários e de investimento”, destacou a economista.

Estadão Conteúdo

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