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Economia

Petróleo sobe mais de 2%, com impulso de tensão no Oriente Médio, e Brent fica acima de US$ 80

Neste quadro, soma-se ainda um apetite por risco diante das perspectivas para uma postura mais branda do Federal Reserve (Fed) em 2024

Redação Jornal de Brasília

26/12/2023 17h04

Foto: Reprodução

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta maior que 2%, impulsionados por tensões geopolíticas no Oriente Médio. O movimento levou de volta o Brent para o nível acima de US$ 80 o barril. Apesar de notícias sinalizando maior normalidade na navegação no Mar Vermelho durante o final de semana, uma série de eventos envolvendo forças opositoras na região voltou a aumentar os prêmios por risco da commodity, que vem de duas altas semanais. Neste quadro, soma-se ainda um apetite por risco diante das perspectivas para uma postura mais branda do Federal Reserve (Fed) em 2024.

Na New York Mercantile Exchange, o WTI para fevereiro fechou em alta de 2,73% (US$ 2,01), a US$ 75,57 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês subiu 2,53% (US$ 2,00), a US$ 81,07 por barril.

A Moller-Maersk anunciou no último domingo que planeja reiniciar os embarques através do Mar Vermelho depois de interromper as operações no início deste mês, após ataques a seus navios. As forças Houthi do Iêmen atacaram nos últimos meses navios comerciais que transitavam pela região, aumentando os custos para os transportadores e levantando preocupações sobre a estabilidade do comércio através do Canal de Suez.

No entanto, a autoridade de operações marítimas do Reino Unido (UKMTO) informou ter recebido relatos de que mísseis foram vistos e explosões ouvidas no Mar Vermelho hoje, na região próxima à cidade de Al Hudaydah, no Iêmen. Segundo o órgão, o caso está sendo investigado e os navios que circulam pela região foram aconselhados a ter cautela e reportar qualquer atividade suspeita.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou ataques contra grupos paramilitares apoiados pelo Irã no início da manhã desta terça-feira. O movimento é uma retaliação após três militares americanos ficarem feridos em um ataque de drone no norte do Iraque. Um dos soldados dos EUA sofreu ferimentos graves no ataque da véspera, segundo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson. A milícia Kataib Hezbollah, apoiada pelo Irã, e grupos afiliados, reivindicaram a autoria.

A troca de fogo tem escalado na região desde o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro. Os EUA culpam o Irã de financiar e treinar o Hamas, e também pelos ataques dos Houthis. A administração Biden tem procurado evitar que a guerra Israel-Hamas se transforme num conflito regional mais amplo que possa abrir novas frentes de combate. Ontem, um ataque aéreo israelense em um bairro de Damasco, na Síria, matou um general iraniano de alto escalão.

Estadão Conteúdo

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