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Economia

Petróleo fecha em baixa, com valorização do dólar, guerra e fraqueza na Europa

A alta do dólar no exterior tende a empurrar a cotação do petróleo para baixo, já que torna a commodity mais cara para operadores

Redação Jornal de Brasília

24/10/2023 16h55

Foto: Reprodução

Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 24, de até 2%, pressionados por sinais de contração econômica na Europa, pela valorização do dólar, e pelas incertezas geopolíticas relacionadas à guerra entre Israel e Hamas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,04% (US$ 1,75), a US$ 83,74 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,75% (US$ 1,53), a US$ 87,16 o barril. 

“Os preços do petróleo estão mais baixos, à medida que um dólar forte emergiu após uma rodada mista de índices de gerentes de compras (PMI) globais. Parece que a economia dos EUA se recusa a ceder, e isso significa os riscos de um maior aperto monetário e que o mantra do ‘juros mais altos por mais tempo’ ainda vai persistir”, comentou o analista da Oanda Edward Moya. 

A alta do dólar no exterior tende a empurrar a cotação do petróleo para baixo, já que torna a commodity mais cara para operadores de outras divisas.

Já o analista de Inteligência de Mercado para Petróleo da StoneX Bruno Cordeiro destacou os PMIs de economias europeias como um dos principais fatores prejudicando a cotação da commodity. 

Os dados que medem a atividade industrial e de serviços no bloco ficaram abaixo do previsto, com o último no menor patamar em 32 meses. O PMI de serviços da Alemanha também caiu mais do que o esperado, embora o industrial tenha subido além do projetado. “As perspectivas de uma economia com desaceleração no crescimento refletem uma possível redução na demanda por petróleo e derivados”, disse Cordeiro.

Os esforços diplomáticos para mediar o conflito Israel-Hamas também agem como um driver baixista, segundo o especialista. O analista Norbert Rücker, do Julius Baer, falou que o impacto na região é pequeno, para além da retórica “aquecida”. “O prêmio de risco inerente aos preços de petróleo deverá desaparecer dentro de algumas semanas”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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