Menu
Economia

Petróleo fecha em alta com tensão no Mar Vermelho, mas Brent não sustenta patamar de US$ 80

Por outro lado, a sessão contou com uma alta acima do esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos, sugerindo menor demanda

Redação Jornal de Brasília

20/12/2023 18h08

Foto: Reprodução

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, prosseguindo a recuperação nos preços que é apoiada pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio. Durante o pregão, o Brent chegou a retomar o nível de US$ 80 o barril, mas o ímpeto foi perdido ao fim do dia. A questão principal no momento é o Mar Vermelho, com os ataques da milícia iemenita Houthi a navios na região levando riscos ao transporte pelo Canal de Suez e fazendo com que embarcações alterem suas rotas neste importante ponto da geografia marítima global, ameaçando a oferta. Por outro lado, a sessão contou com uma alta acima do esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos, sugerindo menor demanda.

Na New York Mercantile Exchange, o WTI para fevereiro fechou em alta de 0,38% (US$ 0,28), a US$ 74,22 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para o mesmo mês subiu 0,59% (US$ 0,47), a US$ 79,70 por barril.

O analista da Oanda Craig Erlam aponta que os preços do petróleo continuam a se recuperar, com o risco de perturbações no Mar Vermelho a contribuindo “potencialmente para o salto que temos visto recentemente”. Segundo o Rabobank, “até agora, o impacto sobre a oferta de petróleo parece ter sido limitado, embora o mercado continue a monitorar a situação”.

Os EUA emitiram uma carta coletiva assinada junto de representantes da União Europeia, Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e de um grupo de 44 países, em que condenam a interferência Houthi nas navegações na Península Arábica, principalmente no Mar Vermelho. O texto afirma que os ataques recentes a embarcações ameaçam o comércio internacional e a segurança marítima. A carta pede que nenhum país se abstenha ou encoraje a atitude dos Houthis.

Dito isto, “a resposta inicial foi bastante moderada, o que sugere que existem outros fatores em jogo, avalia Erlam. O Brent e o WTI estão se recuperando de mínimas semelhantes observados no início deste ano, o que representa uma queda significativa em relação a apenas alguns meses atrás – com uma tombo 20% do pico às mínimas, aponta o analista. ‘E com os mercados a fixarem agora tantos cortes nas taxas, isso poderá impulsionar a economia global no próximo ano e, por extensão, a procura por petróleo”, conclui.

Já os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 2,909 milhões de barris, a 443,682 milhões de barris, na semana encerrada em 08 de dezembro, informou nesta quarta-feira o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam queda de 2,5 milhões de barris.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado