A Caixa Econômica Federal (CEF) já emprestou R$ 135 milhões a fornecedores da cadeia de óleo e gás da Petrobras desde que retomou a parceria com a empresa através do programa Progredir, em agosto. A expectativa do banco é chegar a R$ 1 bilhão em operações em 12 meses.
O programa marca a entrada do banco público no chamado risco sacado. Nessa operação, os bancos adiantam os pagamentos que uma empresa deve a seus fornecedores. Com a operação, é ao banco que a companhia passa a dever o pagamento.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em agosto, o projeto com a Petrobras está em regime de testes até o final deste ano, e é um dos marcos estratégicos da vice-presidência de Atacado da Caixa, comandada pelo executivo Ronny Peterson.
No Progredir, o fornecedor que acessa a plataforma pode escolher o banco através do qual pretende antecipar os valores dos contratos. No ano passado, o programa financiou R$ 2 bilhões, e a expectativa é de que o valor aumente neste ano.
“A atuação da Caixa, oferecendo crédito a esse mercado, fortalece a indústria nacional e garante melhores condições de competitividade para essas empresas com recursos mais acessíveis”, diz em nota a presidente da Caixa, Rita Serrano.
O banco estima que o setor de óleo e gás empregue 1,6 milhão de pessoas de forma direta e indireta no País.
A Caixa espera entrar em 2024 no Mais Valor, outra iniciativa da Petrobras que, através de um leilão reverso online, dá a vitória ao banco que oferece a taxa de desconto mais baixa ao fornecedor As operações também são de antecipação, e são isentas de IOF. A expectativa da estatal de energia é movimentar até R$ 5 bilhões por ano com as mais de 2.000 empresas cadastradas.
Estadão Conteúdo