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Economia

Moedas globais: dólar opera com leve perdas, com atenção a dados e dirigentes de BCs

Alguns números, como os pedidos de auxílio-desemprego, apresentaram um quadro de desaceleração da economia americana

Redação Jornal de Brasília

16/11/2023 19h07

Dólar

Foto: Reprodução/ Flickr

O dólar registrou leve perdas no exterior hoje, em uma sessão que teve intensa atenção à divulgação de indicadores e aos comentários de dirigentes de bancos centrais. Alguns números, como os pedidos de auxílio-desemprego, apresentaram um quadro de desaceleração da economia americana, no entanto, integrantes do Federal Reserve (Fed) seguem cautelosos sobre a postura da autoridade.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,04%, aos 104,349 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 150,73 ienes, o euro recuava a US$ 1,0846 e a libra tinha baixa a US$ 1,2409.

O recuo no índice de confiança das construtoras, medido pelo NAHB, complementa o quadro geral de arrefecimento das pressões inflacionárias e desaceleração da economia americana. O Brown Brothers Harriman (BBH) tem visão cautelosa, notando que até mesmo os membros mais dovish do Fed parecem “cada vez mais preocupados” com a resiliência da economia e as “expectativas do mercado de relaxamento monetário agressivo”. Para o BBH, este conflito de narrativas manterá o dólar vulnerável até o mercado consolidar expectativa de aperto monetário por tempo prolongado.

“Face ao euro, estamos cautelosos com os dados econômicos que surpreendem sazonalmente em alta na Zona Euro nesta altura do ano, o que coincide com o nosso apelo de que os dados fracos em todo o bloco podem estar no fundo do poço”, aponta a Convera. A avaliação é de que os indicadores possam dar algum impulso ao euro, mas que deve ser modesto, devido às perspectivas para a política do Banco Central Europeu (BCE). O dirigente Mário Centeno, disse, quanto à subida significativa das taxas de juros, que “desejavelmente não vão voltar a zero”, mas que espera que desçam para um intervalo entre 2% e 2,5%, compatível com uma taxa de inflação de 2% a médio prazo.

Já o vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Dave Ramsden, afirmou hoje que as últimas projeções do conselho de política monetária da autoridade indicam que a postura do banco central deverá provavelmente ser restritiva durante um longo período de tempo.

Já o dólar blue e recuou hoje na Argentina, apesar das incertezas antes do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o domingo. Ontem, o governo descongelou a cotação oficial e iniciou um processo de “microdesvalorização” da divisa argentina, mas não fez novos ajustes hoje. Segundo levantamento do jornal Ámbito Financiero, o dólar blue caia 15 pesos argentinos e é vendido a 955 pesos.

Estadão Conteúdo

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