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Economia

‘Meta fiscal é jogo de credibilidade’, diz BC

Roberto Campos Neto, voltou a afirmar ontem que não existe uma relação “mecânica” entre as políticas fiscal e monetária

Redação Jornal de Brasília

17/11/2023 20h30

Foto: Banco de Imagens

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar ontem que não existe uma relação “mecânica” entre as políticas fiscal e monetária, mas defendeu novamente a manutenção da meta fiscal de superávit zero para 2024.

“Se você lutou pelo arcabouço (fiscal) e, no primeiro de desafio, abandona ele, as pessoas terão dificuldade em estimar os números futuros para 2025 e 2026. Provavelmente, os economistas estimarão um prêmio maior”, alertou Campos Neto, referindo-se à nova regra para controle das contas públicas. Para ele, a perda de credibilidade com a mudança de meta agora é maior do que o valor de um déficit acima do planejado.

“Meta fiscal é um jogo de credibilidade. Sempre que o governo comunica um novo arcabouço, há queda de prêmio de risco no longo prazo”, afirmou ele, durante evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

“Quem faz fiscal é governo. Não tem relação mecânica, mas entendemos que há uma desancoragem gêmea. Se o mercado começar a entender que o fiscal tem uma trajetória de piora bem maior, pode ser que isso impacte as expectativas de inflação, câmbio, juro futuro e isso sim vai impactar a nossa função de reação”, disse.

Na quinta-feira, o governo comunicou que vai manter a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2023 na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Como mostrou o Estadão, a leitura do mercado é de que o presidente Lula aceitou a manter a meta e deu mais tempo para o ministro Fernando Haddad (Fazenda) buscar apoio no Congresso às medidas arrecadatórias por não queres “desqualificá-lo” no primeiro ano de governo.

Estadão Conteúdo

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