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Economia

Mercado de Investimento: Entenda como vai funcionar o modelo de “Comissão Fixa” para corretores

Saiba a diferença entre o sistema atuale a novidade que chega ao país

Marcus Eduardo Pereira

15/11/2020 8h00

Atualizada 14/11/2020 12h38

É o sonho da grande maioria dos brasileiros ter dinheiro para investir e poder ter uma segurança financeira. Mas, muitas dúvidas também passam pela cabeça de quem é leigo e quer aplicar dinheiro em ações ou fundos. Um dos questionamentos mais comuns é: será que o corretor está indicando pela rentabilidade ou pelo valor da comissão que vai ganhar?

Nos Estados Unidos, por exemplo, o cliente pode escolher entre o comissionamento ou o percentual fixo. Agora esse sistema também já é possível no Brasil. A gigante XP, em parceria com a GWX de Brasília, lançou essa modalidade. “Em tempos de pandemia as pessoas passaram a rever suas prioridades, e cuidar das finanças pessoais de forma mais planejada passou a ser uma preocupação”, afirma o economista e sócio da GWX Mauro Chuairi.

Para ajudar quem quer investir no mercado financeiro e dar mais transparência para o processo, a GWX passou a oferecer o modelo de percentual fixo. “Nele o cliente já sabe previamente a taxa anual que irá pagar e recebe os rebates de volta – os rebates são justamente as comissões que remuneram o assessor de investimento hoje”, explica o economista.

O sistema atual pode gerar conflito de interesse para o agente autônomo, já que ele recebe uma comissão pela operação efetuada. “Nesse caso, o corretor pode não oferecer o melhor produto para o perfil do cliente, e sim aquele que lhe garante a maior comissão ou rebate”, esclarece Mauro.

O economista ressalta que o modelo tradicional não foi extinto.  As contas dos investidores ainda serão ativadas com o modelo tradicional (commission based). Porém, o cliente terá a liberdade de fazer a alteração para o Fee Fixo. Basta realizar a solicitação pelos canais específicos. Também existe uma faixa determinada para a cobrança da remuneração. Conforme as regras propostas, ela poderá variar entre 0,6% a 1% ao ano, sendo acordado livremente entre as partes.

Além disso, o cálculo é feito pro-rata die, ou seja, sempre proporcional à quantidade de dias e ao patrimônio a ser investido. Outro diferencial no modelo é que a rentabilidade que era destinada ao comissionamento é devolvida ao cliente. O objetivo será trazer mais transparência e idoneidade para o relacionamento. Nesse caso, o cliente verá o valor do saldo entre o fee fixo e eventuais créditos recebidos – como uma espécie de cashback.

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