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Economia

Medicamentos vão ficar mais caros a partir desta sexta-feira, 1

A expectativa é que o reajuste fique em torno dos 10%, o que deverá aumentar a preocupação em relação aos gastos com remédios

Redação Jornal de Brasília

28/03/2022 14h19

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A partir de 1º de abril, medicamentos de uso contínuo, que têm percentual máximo de reajuste por determinação do governo, devem sofrer um aumento em seus preços. Ainda não se sabe, no entanto, o índice de correção, já que a Câmera de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) não divulgou até o momento o índice de correção. A expectativa é que o reajuste fique em torno dos 10%, o que deverá aumentar a preocupação em relação aos gastos com remédios.

De acordo com uma pesquisa sobre o comportamento de consumidores em farmácias brasileiras, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisas e Educação Corporativa (Ifepec), em parceria com a Unicamp, as pessoas estão mais preocupadas em economizar. Para 79,9% dos entrevistados o preço é determinante na escolha do local onde comprar.

O economista Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), listou algumas dicas para economizar. Entre elas, está a pesquisa de preços e preferência por remédios genéricos e similares, que podem garantir uma “folga” nos gastos com remédios.

“Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos remédios, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais “, analisou Domingos.

Outra alternativa é fazer cadastro em programas governamentais que distribuem remédios gratuitamente ou os vende subsidiados, como Farmácia Popular.

Mudança no perfil do consumidor

Na pesquisa da Febrafar, foram entrevistadas quatro mil pessoas em todo o país. Entre os pontos identificados pelo levantamento foi a mudança no perfil do consumidor: 86% disseram participar de algum programa de fidelidade para garantir descontos em medicamentos. Outro ponto foi a queda na cesta de produtos adquiridos pelos paciente e a diminuição do valor do tíquete médio de vendas.

Conforme mostra a pesquisa, a quantidade média de unidades adquiridas em uma cesta de compras caiu de três medicamentos, em 2020, para 2,6, em 2021. Já o valor do tíquete médio baixou de R$ 55,02 para R$ 43,71, uma redução de 19%. O valor médio de compra por item caiu de R$ 18 para R$ 16,81.

“Fazer pesquisa sobre o retrato do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional é primordial para apoiar as iniciativas internas”, disse Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

Como economizar na compra

  1. Pesquise preços

O levantamento orçamentário em várias farmácias é essencial, já que os preços variam bastante, e algumas drogarias cobrem os valores da concorrência. Também é importante pesquisar o mesmo medicamento em vários laboratórios, pois os custos são diferentes.

  1. Avalie genéricos e similares

Geralmente, medicamentos genéricos ou similares são mais em conta. Entretanto, é importante que no momento em que o médico fizer a prescrição, o paciente solicite que informe o princípio ativo em vez da marca.

  1. Programa Farmácia Popular

Muitas drogarias participam do programa público Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que apresentem receita médica. Também são concedidos, através do programa, descontos de até 90%.

Utilize programas de fidelidade

Grande parte das farmácias têm programas de fidelidade com benefícios a seus clientes. Contudo, além disso, existem os programas dos laboratórios. É necessário cadastrar-se, pois são aceitos em muitas farmácias, concedendo uma economia de até 70%.

  1. Defina o que quer comprar

“É importante ter bem claro o que deseja comprar na farmácia. Para isso, faça uma lista de produtos, evitando comprar por impulso”, orienta Reinaldo Domingos, da Abefin.

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