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Economia

Lupi acende alerta no Judiciário ao negar déficit da Previdência

Autoridades do STF, TCU e BC trocaram mensagens manifestando preocupação com sinais equivocados no início da gestão Lula

FolhaPress

04/01/2023 18h36

Foto: Divulgação

JULIANA BRAGA

Autoridades do STF (Supremo Tribunal Federal), TCU (Tribunal de Contas da União) e do BC (Banco Central) acenderam um alerta após o ministro Carlos Lupi (PDT) negar a existência do déficit da Previdência.
Segundo relatos, houve intensa troca de mensagens entre eles nesta terça-feira (4), mostrando preocupação com sinais equivocados emitidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar da tensão, houve uma avaliação de que é normal a primeira semana ser atípica porque provavelmente os ministros se pronunciaram ainda sem um ajuste fino de discurso com o Palácio do Planalto.

Ministros do governo foram procurados após a declaração para reforçar a preocupação com a austeridade fiscal. Como colaboração, foi enviado o relatório de uma auditoria do TCU de 2018 feito dos dados da Previdência.

Integrantes do Judiciário ressaltaram que estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional) mostraram queda na despesa futura com aposentadorias de 150% do PIB para 30% do PIB depois da reforma de 2019. Antes era a segunda maior do mundo; agora está no mesmo patamar de outros países emergentes.

Ao tomar posse nesta terça-feira (3), Lupi afirmou que os recursos utilizados para o pagamento do BPC (Benefício de Prestação Continuada) estão alocados no Orçamento do Tesouro da União e não deveriam ser contabilizados na Previdência.

“E colocam esse encargo na Previdência para dizer que ela é deficitária. A Previdência não é deficitária. Vou provar isso a cada dia. Vou provar isso com números.”

Lula marcou a primeira reunião ministerial para a manhã da próxima sexta-feira (6). O convite foi enviado para os 37 titulares das pastas por Oswaldo Malatesta, chefe de gabinete adjunto da agenda de Lula. O encontro ocorrerá às 9h30, no Palácio do Planalto.

Segundo Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil, o objetivo é alinhar que qualquer proposta só será encaminhada após ser submetido ao crivo do presidente.

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