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Economia

Fretadores agora poderão suspender pagamento de empréstimos junto ao BNDES

Categoria é uma das beneficiadas pela medida publicada na última segunda-feira, que ajudará nos financiamentos bancários utilizados para a renovação das frotas de ônibus

Redação Jornal de Brasília

05/05/2021 11h55

Foto: freepik

Com o objetivo de mitigar os efeitos da crise que atinge o segmento de turismo desde o início da pandemia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou, na última segunda-feira, a suspensão temporária do pagamento de dívidas e empréstimos de micro e pequenas empresas por até 6 meses, em uma medida que que inclui as empresas de fretamento de ônibus.

Apesar da conquista, os empresários ainda aguardam uma definição dos bancos privados, que ainda não se manifestaram desde os protestos do dia 20 de abril. “Foram mais de 600 ônibus que saíram de suas garagens para protestar por uma causa muito justa. O objetivo era chamar a atenção para a situação em que o setor se encontra e conseguimos”, afirma Denis Marciano, empresário do setor de fretamento e um dos líderes do Movimento Fretadores pela Liberdade, que esteve à frente da manifestação. “No entanto, ainda estamos esperando uma resposta dos bancos privados, que hoje são responsáveis por uma outra parte importante dos financiamentos”, completa.

Os fretadores também tentam negociar, dentro das reivindicações junto ao BNDES, que a suspensão tenha efeito retroativo a partir de fevereiro, na hipótese de haver parcelas em aberto. Além disso, eles pedem a prorrogação em até 18 meses para o prazo final de amortização de contratos. Até o momento, o banco de fomento só aceitou a prorrogação para os casos usando taxa de juros de longo prazo (TLP), o que é pouco comum nesse segmento.

Na semana passada, empresários do setor estiveram com o Secretário de Desenvolvimento do Ministério da Economia, Jorge Luiz, em uma reunião para estreitar relacionamento e melhorar o canal de diálogo com a pasta. Os líderes do movimento estão tentando agenda ainda com outras autoridades, como o Ministro do Turismo, Gilson Machado, para tratar da alocação de mais recursos para o setor de turismo e de fretamento.

Fortemente atingido pela pandemia e a consequente queda de circulação e de público, o setor de fretamento rodoviário é responsável pela geração de 180 mil empregos diretos e indiretos e movimenta mais de 50 mil ônibus pelo Brasil. A categoria está ameaçada pela redução e cancelamentos das viagens de turismo, em razão da pandemia. Desde o início de março, representantes do Movimento têm feito diversas articulações junto ao Ministério da Economia e a bancos no intuito de tentar a negociação.

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