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Economia

Dólar cai com ajustes ante pares do real em dia de agenda fraca e cautela externa

Mercado de câmbio passa por ajustes de posições e recua em linha com as perdas da moeda americana ante o peso mexicano e o rand sul africano

Redação Jornal de Brasília

10/10/2022 10h12

Foto: Vanderlei Almeida/AFP

O dólar opera em queda ante o real na manhã desta segunda-feira, 10. O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, disse que o mercado de câmbio passa por ajustes de posições e recua em linha com as perdas da moeda americana ante o peso mexicano e o rand sul africano. Por enquanto, Rugik não identifica ingressos de fluxo cambial no mercado interno.

O mercado de Treasuries não abre nesta segunda-feira, por causa do feriado do Dia de Colombo. Na quarta-feira, 12, o feriado do Dia de Nossa Senhora da Aparecida mantém os mercados domésticos fechados.

No exterior, a perspectiva de mais aumentos de juros agressivos nos EUA após o robusto payroll dos EUA em setembro e uma série de ataques da Rússia em cidades da Ucrânia nesta segunda-feira, incluindo a capital Kiev, apoiam cautela nos mercados internacionais e o dólar sobe ante pares principais (DXY). O G-7 reúne-se nesta terça-feira para tratar do acirramento do conflito geopolítico.

Logo após a abertura, o dólar à vista reduziu as perdas intradia à máxima a R$ 5,2049 (-0,15%) e o dólar para novembro chegou a subir de forma pontual, à máxima a R$ 5,2305 (+0,12%), mas rapidamente retomou sinal negativo, renovando mínimas.

A agenda interna é mais fraca hoje e o destaque semanal é o IPCA de setembro, que sai na terça-feira.

Uma boa notícia nesta segunda é que a mediana das estimativas para IPCA de 2024, que está na mira do Banco Central, recuou de 3,50% para 3,27%. A projeção para IPCA de 2023 ficou estável em 5% e para 2022, o IPCA caiu de 5,74% para 5,71%.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve deflação de 1,01% na primeira prévia de outubro, informou a FGV, mais cedo. A queda dos preços é mais intensa do que a registrada no primeiro decêndio de setembro, quando o índice recuou 0,80%. Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) avançou 0,26% na primeira quadrissemana de outubro, após alta de 0,02% no fechamento de setembro.

Os investidores seguem atentos ainda às pesquisas de intenção de voto para presidente, apoios e sinalizações sobre um futuro governo especialmente do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa. Nesta segunda-feira, Lula afirmou que a única possibilidade do Auxílio Brasil de R$ 600 continuar sendo distribuído em 2023 é a sua eleição à Presidência. O petista lança nesta segunda a “Carta Compromisso aos Evangélicos”, com a indicação de caminhos para futura parceria com evangélicos para o desenvolvimento de políticas sociais.

Pesquisa Datafolha de sexta-feira mostrou Lula com 53% dos votos válidos e Jair Bolsonaro (PL), com 47%, sendo que em São Paulo, os dois estão empatados tecnicamente: Bolsonaro com 46% e Lula, com 44%. A rejeição do atual presidente segue maior, em 51%, enquanto Lula tem 46%.

Às 9h36 desta segunda, o dólar à vista caía 0,46%, a R$ 5,1884. O dólar novembro recuava 0,21%, a R$ 5,2135.

Estadão Conteúdo

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