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Economia

CNI apoia regulamentação do mercado de carbono

Em estudo da CNI é mostrado que o cumprimento do Acordo de Paris está fortemente ligado ao controles dos índices de desmatamento ilegal

Redação Jornal de Brasília

15/07/2021 16h49

Foto: Agência Brasil

A Confederação Nacional da Industria (CNI) anunciou o apoio ao mercado de carbono. Segundo a Confederação, a regulamentação deve ser por meio de um sistema de comércio de emissões no modelo cap and trade, em que é definida uma quantidade máxima de emissões de gases de efeito estufa aos agentes regulados e são emitidas permissões de emissão.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, esse instrumento é mais adequado que mecanismos de taxação porque estimula o ambiente de negócios, a inovação e competitividade das empresas, sem aumentar a carga tributária. “O mercado regulado de carbono será mais efetivo e complementará a estratégia para o cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no âmbito do Acordo de Paris”, declara Robson de Andrade.

No estudo A Precificação de Carbono e os Impactos na Competitividade da Cadeia de Valor da Indústria, da própria CNI, é mostrado que o cumprimento do Acordo de Paris no Brasil está fortemente ligado ao controles dos índices de desmatamento ilegal. Segundo a Confederação, a efetividade do mercado de carbono no país será mínima se não for acompanhada de uma estratégia mais ampla para o combato às mudanças climáticas, como o controle do desmatamento ilegal.

A pesquisa ainda mostra que o mercado do carbono tem impactos macroeconômicos menores que a taxação do mesmo. . “A taxação do carbono resultaria em cumulatividade na cadeia produtiva, gerando perdas de competitividade econômica”, complementa Robson Andrade.

Segundo um estudo do Banco Mundial, em países mais desenvolvidos evidências sugerem que a precificação do carbono levou ao aumento da produtividade e inovação. Dessa forma, cada vez mais empresas e governos têm utilizado a precificação do carbono como estratégia climática.

Competitividade

Para que o sistema funcione é necessário que, segundo a Confederação, haja um alto nível de controle por parte do governo, para que seja planejado e implementado um sistema adaptado. Dessa forma, o setor industrial também defende que o mercado interno deve garantir a competitividade das empresas locais no exterior.

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