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Economia

Bolsas de NY fecham sem direção única, após dirigentes do Fed modularem tom dovish de Powell

O rali desta semana foi impulsionado pelo dado de inflação ao consumidor (CPI) nessa terça-feira, 12, e o anúncio de juros pelo Fed

Redação Jornal de Brasília

15/12/2023 18h30

Foto: Reprodução/ Shutterstock

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta sessão, após falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed). As autoridades sugeriram que o início do corte de juros pode não estar tão perto quanto os investidores esperam, como a mensagem do presidente Jerome Powell na quarta-feira, 13, os fez precificar. Porém, as bolsas subiram mais de 2% no acumulado da semana, marcada pela decisão monetária do Fed considerada dovish

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,15%, a 37.305,16 pontos, na máxima histórica pelo terceiro pregão seguido; o S&P 500 caiu 0,01%, a 4.719,19 pontos; o Nasdaq avançou 0,35%, a 14 813,92 pontos. Em relação à sexta-feira passada, os ganhos foram de 2,92%, 2,49% e 2,85%, respectivamente. Com isso, o S&P 500 registrou a sétima semana consecutiva de ganhos, maior sequencia positiva desde 2017, de acordo com a CNBC.

O pregão de hoje foi marcado pelo “triple witching” – o vencimento simultâneo de futuros de índices do mercado de ações, opções de índice do mercado de ações e opções de ações.

O rali desta semana foi impulsionado pelo dado de inflação ao consumidor (CPI) nessa terça-feira, 12, e o anúncio de juros pelo Fed nessa quarta, apontou o Barclay’s em nota a clientes. “As perspectivas de potenciais cortes no início de 2024 ganharam força, alimentando o sentimento de risco e fazendo com que os rendimentos do Tesouro caíssem ao longo da curva, com o rendimento em 10 anos, em particular, caindo abaixo de 4%”, comentou o banco. Essa expectativa ganhou fôlego especialmente após Powell indicar que os dirigentes haviam conversado preliminarmente sobre relaxamento monetário.

Hoje, destoando de Powell, o presidente da distrital do Fed em Nova York, John Williams, afirmou hoje à CNBC que ainda é cedo para se discutir o início do afrouxamento monetário. Na sequência, o chefe da regional de Atlanta, Raphael Bostic, disse à Reuters que espera cortes “em algum momento do terceiro trimestre” se o alívio na inflação progredir como se espera. As falas impulsionaram os juros dos Treasuries e pesaram sobre o mercado de ações, pressionado também pelo dado fraco de atividade industrial.

Em destaque, a ação da DocuSign saltou mais de 12%, depois que o Wall Street Journal que a empresa estuda uma potencial venda.

Estadão Conteúdo

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