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Economia

Bolsas de NY fecham em queda com alta dos yields e Dow Jones tem maior perda diária desde março

A Amazon despencou e outras das “sete magníficas”, bloco formado por ações de tecnologia que vinham se destacando com ganhos recordes

Redação Jornal de Brasília

26/09/2023 17h38

Foto: Divulgação

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 26, com o Nasdaq liderando o movimento, após novas máximas dos juros dos títulos longos dos Treasuries em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed) manterá juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. A Amazon despencou e outras das “sete magníficas”, bloco formado por ações de tecnologia que vinham se destacando com ganhos recordes, também foram pressionadas.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,14%, aos 33,618,62 pontos, com a desvalorização diária mais acentuada desde março deste ano; o S&P 500 terminou o pregão com queda de 1,47%, aos 4 273,51 pontos e o Nasdaq derreteu 1,57%, aos 13.063,61 pontos. 

A alta dos rendimentos (dos títulos), que ainda não atraiu compradores de tamanho suficiente, as máximas acumulados no ano do índice dólar (DXY) e dados decepcionantes estão conspirando para intensificar a recente pressão sobre as ações dos EUA, segundo o economista e executivo norte-americano Mohamed A. El-Erian.

Amazon caiu 4,03% após a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) e 17 procuradores-gerais estaduais entraram com uma ação judicial contra a empresa, acusada de monopólio. Entre as outras grandes de tecnologia, a Microsoft cedeu 1,70% e a Alphabet, 1,94%.  

O pregão de hoje trouxe perdas para os grandes bancos. O Wells Fargo fechou em queda de 2,19%; o JPMorgan, 1,04% e o Goldman Sachs caiu 1,53%.

Mas o chefe de pesquisa de estratégia para ações da Julius Baer, Mathieu Racheter, acredita que a evidência sugere que os retornos das ações tendem a ser bons após a última alta de taxas de juros nos EUA. Considerando o fim dos ciclos de alta anteriores, desde o início da década de 1970, em oito dos 11 casos, os retornos do S&P 500 foram positivos nos 12 meses seguintes após o último aumento das taxas (sete estiveram mesmo acima de 10%). O analista destaca que, na margem, a tendência foi o setor financeiro tendo um bom desempenho após o último aumento de juros, enquanto as ações relacionadas com matérias-primas e as do consumo cíclico apresentaram um desempenho inferior ao do mercado amplo.

As ações das montadoras também marcaram baixas. Os papéis da GM perderam 2,42%, os da Ford, 1,19% e os da Stellantis indicavam -2,08%. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os membros do United Auto Workers (UAW) mereciam um “aumento significativo” de salários, durante seu discurso hoje aos membros do sindicato que faziam um piquete na frente de um centro de distribuição da General Motors, em Michigan. 

Entre os dados econômicos do dia, as vendas de moradias novas nos Estados Unidos recuaram de 8,7% em agosto ante julho, ante queda de 2% esperada por analistas consultados pela FactSet. O índice de confiança do consumidor nos medido pelo Conference Board recuou de 108,7 em agosto (dado revisado hoje, de 106,1 antes informado) para 103,0 em setembro. Os dois indicadores contribuíram para impor ainda mais pressão sobre os negócios em Wall Street.

Estadão Conteúdo

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