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Economia

Bolsas de NY fecham em baixa após membro do Fed indicar dose menor de alívio

Para o Goldman Sachs, o discurso de Waller amplia o risco de o corte de juros pelo Fed vir depois de março, segundo relatório

Redação Jornal de Brasília

16/01/2024 19h31

Foto: Reprodução/ Shutterstock

As bolsas de Nova York terminaram o pregão desta terça-feira, 16, em queda, após o diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller afirmar que existe a possibilidade de haver três cortes de juros este ano, uma dosagem bem mais moderada que a precificada no mercado atualmente. As ações da Boeing voltaram a pesar sobre o Dow Jones com os padrões de qualidade de seus aviões na mira. O setor aéreo ficou ainda no radar após o bloqueio do negócio entre a JetBlue e a Spirit Airlines, cuja ação derreteu.

O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,62%, aos 37 361,12 pontos; o S&P 500 terminou com variação negativa de 0,37%, aos 4.765,98 pontos; e o Nasdaq computou baixa de 0,19%, aos 14.944,35 pontos.

Para o Goldman Sachs, o discurso de Waller amplia o risco de o corte de juros pelo Fed vir depois de março, segundo relatório. Apesar disso, o banco ainda manteve a sua previsão de que o BC americano fará cinco flexibilizações monetárias neste ano. O Mizuho lembrou que Waller foi a autoridade monetária que abriu a porta para corte em março. Portanto, além do presidente do BC americano, Jerome Powell, ele é o único que poderia fechá-la, segundo nota enviada a clientes na tarde desta terça-feira.

Entre os movimentos individuais de destaque no pregão, as ações da Boeing derreteram 7,89%. A companhia nomeou um consultor especial para o CEO, Dave Calhoun, que avaliará o sistema de gestão de qualidade da empresa para aviões comerciais. A medida vem após um jato 737 Max 9 perder uma parte de sua fuselagem durante um voo da Alaska Airlines neste mês.

Os papéis do Morgan Stanley também pesaram ao cederem 4,16% após o banco divulgar lucro de US$ 0,85 por ação no quarto trimestre, aquém das estimativas dos analistas de US$ 1,07 e abaixo dos US$ 1,31 do ano anterior. A receita aumentou 1,2%, para US$ 12,9 bilhões, superando o consenso de US$ 11,93 bilhões. Na direção oposta, os papéis do Goldman Sachs subiram 0,71%. A instituição bancária relatou lucro de US$ 5,48 por ação no quarto trimestre, superando as estimativas dos analistas de US$ 3,62. A receita da gestão de ativos e patrimônio do banco cresceu 23% no período.

Os papéis da JetBlue avançaram 4,91% e os da Spirit despencaram 47,09%. Um juiz federal dos EUA determinou o bloqueio, nesta terça-feira, da proposta da JetBlue Airways de aquisição da Spirit Airlines, em linha com a avaliação do Departamento de Justiça de que o acordo de US$ 3,8 bilhões tiraria do mercado um concorrente importante aos viajantes preocupados com os preços.

Estadão Conteúdo

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