Menu
Economia

Bolsas de NY fecham em alta, com Powell e indicadores reforçando chance de cortes do Fed

As declarações reforçaram a perspectiva de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos chegou ao seu pico

Redação Jornal de Brasília

01/12/2023 18h53

Foto: Reprodução/ Shutterstock

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 1º, em sessão marcada pelos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. As declarações reforçaram a perspectiva de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos chegou ao seu pico, e as apostas por cortes nos próximo ano ganharam fôlego. Além disso, a publicação de indicadores econômicos indicou maior estagnação da economia, o que sugere uma inflação mais controlada.

O índice Dow Jones registrou alta diária de 0,82%, a 36.245,50 pontos; o S&P 500 avançou 0,59%, a 4.594,63 pontos; e o Nasdaq subiu 0,55%, a 14.305,03 pontos. Na semana, houve alta de 2,42%, 0,77% e 0,38%, respectivamente.

Powell afirmou hoje que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) não precisa agir “com pressa” daqui para frente no ciclo monetário, depois de ter apertado a política de maneira agressiva desde 2022. O dirigente reiterou que a instituição agora pode seguir de maneira “cautelosa”. No entendimento dele, a inflação permanece acima da meta, mas “está indo na direção correta”. “A economia repetidamente nos surpreendeu”, ressaltou, em referência à resiliência da atividade.

Hoje, o na leitura da S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país caiu de a 49,4 em novembro, de acordo com expectativas. Na leitura do ISM, o indicador caiu a 46,7 em novembro, abaixo das expectativas. Em ambos os casos, o número abaixo de 50 indica contração da atividade industrial nos EUA. Segundo o analista da Oanda Craig Erlam, o relatório de emprego dos EUA na próxima sexta-feira, seguido pelos dados de inflação e a decisão final do ano do Fed provavelmente determinarão como os mercados terminarão o ano e nos prepararão para o primeiro trimestre do próximo. “Os investidores estão cada vez mais aceitando a ideia de cortes nas taxas a partir do segundo trimestre de 2024”, avalia.

O mercado reforçou sua visão de março como aposta majoritária sobre quando o Fed começará o ciclo de corte de juros seguindo discurso de Powell. É o que indica a plataforma de monitoramento do CME Group. A curva futura aponta 61,2% de chance de a taxa básica estar abaixo do nível atual (entre 5,25% e 5,50%) em março do ano que vem. Ontem, a possibilidade de afrouxamento era mais forte a partir de maio.

Entre as empresas, a Tesla entregou as primeiras unidades do Cybertruck ontem. Assim, a montadora marca o início oficial das vendas do modelo exclusivo da aguardada picape elétrica, que foi apresentada em 2019. Hoje, a ação da empresa recuou 0,52%. Já os papéis da Pfizer caíram 5,12%, depois de dados de estudos mistos, e o anuncio da empresa de que está reformulando seus esforços para desenvolver o seu candidato a medicamento oral GLP-1R, o danuglipron, desferindo um golpe nas esperanças de Wall Street de que um comprimido para a obesidade rivalize com o aumento dos medicamentos injetáveis. Já a Southern Copper disparou 6,61%, em uma sessão que teve alta generalizada de mineradoras.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado