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Economia

Bolsa passa a cair e dólar sobe após início de discurso de presidente do Fed no Congresso dos EUA

No mercado de juros futuros, as taxas apresentam queda, na espera pelas definições sobre temas como reforma tributária e arcabouço fiscal

FolhaPress

07/03/2023 16h03

Foto: Divulgação

Bolsa e dólar vinham em compasso de espera até o meio-dia. Mas o início do discursos de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) no Congresso fez com que o mercado de ações firmasse tendência de baixa, com o câmbio na direção contrária.

Às 13h00 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em baixa de 0,95%, a 103.638 pontos. O dólar comercial à vista subia 0,65%, a R$ 5,200.

No mercado de juros futuros, as taxas apresentam queda, na espera pelas definições sobre temas como reforma tributária e arcabouço fiscal. Nos contratos para janeiro de 2024, a taxa saía dos 13,27% ao ano do fechamento desta segunda-feira (6) para 13,25%. No vencimento em janeiro de 2025, os juros recuavam de 12,70% para 12,65%. No vencimento de janeiro de 2027, a taxa recuava de 13,10% para 13,00%.

Em audiência no Congresso americano nesta terça-feira, Powell afirmou que o Fed deve aumentar os juros para um patamar acima daquele que a própria autoridade monetária esperava.

“Os dados econômicos mais recentes chegaram mais fortes do que o esperado, o que sugere que o nível final dos juros deve ser mais alto do que o previsto anteriormente”, disse Powell em comentários preparados para uma audiência perante o Comitê Bancário do Senado.

Embora a inflação “esteja se moderando” desde seu pico atingido no ano passado, disse Powell, “o processo de reduzir a inflação para 2% tem um longo caminho a percorrer e provavelmente será acidentado”.

Após as falas de Powell, os índices de ações em Nova York também firmaram trajetória de queda. O Dow Jones estava em baixa de 0,84% às 13h00 (horário de Brasília). O S&P 500 recuava 0,77%. O Nasdaq tinha queda de 0,84%.

A alta do dólar também é uma tendência global. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana com uma cesta de outras divisas importantes mundialmente, subia 0,74%.

No ambiente local, as expectativas giram em torno do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. O ministra da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na manhã desta terça-feira. O ministro não deu detalhes sobre o que foi discutido.

Sobre a reforma tributária, o secretário especial Bernard Appy disse, em entrevista ao Valor Econômico, que o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) só deve começar a valer a partir de 2025.

Ele afirma que a reforma do tributo sobre consumo pode ser aprovada ainda no primeiro semestre. Na segunda metade do ano, haveria a discussão para mudar os tributos sobre renda.

Em relatório, a Mirae Asset lembra que outro tema importante e muito aguardado pelo mercado é a substituição de diretores do Banco Central. Em fevereiro, venceram os mandados das diretorias de Política Monetária e Fiscalização. “Ao que parece, a percepção é positiva”, dizem os analistas.

Sobre o novo arcabouço fiscal, a expectativa do mercado é que seja apresentado antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começa no dia 21 de março, afirma a Levante Investimentos.

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