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Economia

BC reteve 440 mil cédulas falsas de real em 2019, o que equivaleria a R$ 27,7 milhões

A quantidade representa o equivalente a R$ 27,7 milhões de um dinheiro que, na verdade, não vale nada

Redação Jornal de Brasília

24/01/2020 15h03

Em um mundo de transações financeiras cada vez mais digitais, quase 440 mil cédulas de reais falsificadas ainda foram retidas pelo Banco Central no ano passado. A quantidade representa o equivalente a R$ 27,7 milhões de um dinheiro que, na verdade, não vale nada.

O número de 2019 – ainda parcial – representa queda de 21,2% em relação ao verificado em 2018, quando 557,5 mil cédulas foram retidas pelo BC. Conforme a instituição, as estatísticas referentes a 2019 ainda não estão consolidadas, porque há uma defasagem entre a apreensão da cédula, o encaminhamento à autoridade monetária e o exame de autenticidade. Assim, o número final do ano passado somente estará disponível ao longo do primeiro semestre de 2020.

As cédulas identificadas como falsas podem ter três origens: podem ter sido identificadas pelos bancos como suspeitas, em operações com pessoas físicas e empresas, e encaminhadas para exame no BC; podem ter sido identificadas como falsas nos depósitos dos próprios bancos; e, por fim, as cédulas podem ter sido retidas por órgãos policiais em operações diversas.

Entre as notas mais falsificadas em 2019 estão as com valores maiores, como ocorre tradicionalmente. A campeã é a nota de R$ 100 da segunda família do real, com aproximadamente 175 mil falsificações. As notas de R$ 50 da segunda família somaram perto de 68 mil falsificações.

Essa segunda família de notas do real foi lançada em 2010, a partir das cédulas de valor mais alto (R$ 100 e R$ 50). A maior parte das notas em circulação hoje é justamente dessa família, e não da primeira, que surgiu em 1994. Apesar de não serem mais produzidas, as cédulas da primeira família seguem em circulação e podem ser aceitas normalmente.

Os dados parciais do BC mostram que São Paulo apresentou o maior índice de notas falsificadas – no ano passado, 149,2 mil cédulas foram apreendidas no Estado, o que corresponde a 34% do total. Na sequência aparecem Minas Gerais, com 56,3 mil cédulas falsificadas (13% do total), Rio de Janeiro, com 39.5 mil unidades (9%) e Rio Grande do Sul, com 28,6 mil (7%).

Os Estados com menos notas falsificadas apreendidas foram Amapá (264 unidades) e Acre (199 notas) – regiões onde a população e o dinheiro físico em circulação também são de montantes menores.

Conforme o BC, as notas falsas recolhidas do sistema bancário são inicialmente analisadas, já que as formas de falsificação servem de subsídio para ações da autarquia e para o projeto de novas cédulas. “Após a análise, as cédulas são arquivadas, já que podem servir como provas para a condenação dos falsários”, explicou o BC por meio de sua assessoria de imprensa.

No caso das moedas, a falsificação ocorre, mas não chega a ser relevante – mesmo porque, os valores de face são baixos e há o custo de cunhagem. Assim, os dados estatísticos não chegam nem mesmo a ser publicados pelo BC.

O Banco Central é o órgão público responsável por avaliar se uma nota é falsa ou não. De acordo com a autarquia, a pessoa que receber uma nota suspeita a partir de um caixa eletrônico dentro de uma agência bancária deve pedir imediatamente ao próprio banco a substituição.

Se a cédula for recebida fora da agência bancária ou em horário em que a agência está fechada, deve-se pedir a substituição ao banco assim que possível.

No caso de uma transação comercial – que não envolva o banco – a recomendação é recusar a nota se houver suspeita de falsificação. Se a pessoa recebeu a nota e desconfiou de sua autenticidade apenas depois, será preciso ir até uma agência bancária. O banco encaminhará a cédula ao BC, que poderá avaliar a autenticidade. Se ela for falsa, nesse caso, não haverá a troca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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