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Discursos de Lula após ser eleito variam de tom: do ‘amor’ ao ‘fascismo’

Ex-presidente começou sem citar Bolsonaro no primeiro pronunciamento e atacou o presidente no momento seguinte

Redação Jornal de Brasília

01/11/2022 6h17

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou tons diferentes nos dois discursos que fez neste domingo, 30, em São Paulo, após ser eleito para um terceiro mandato na Presidência da República. No primeiro pronunciamento, em um hotel na capital paulista, o petista não citou o adversário, Jair Bolsonaro (PL). Mais tarde, em um carro de som na Avenida Paulista, Lula atacou o presidente de forma mais incisiva. “Nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo nesse país. A democracia está de volta no Brasil”, disse o petista, que falou ainda em luta da democracia contra a “barbárie”.

Pronunciamentos
Hotel em São Paulo


Ódio

“Vamos trabalhar sem descanso por um Brasil onde o amor prevaleça sobre o ódio, a verdade vença a mentira, e a esperança seja maior que o medo.”

Armas

“É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida.”

Fome

“Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças não tenham o que comer (…) Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café de manhã, almoçar e jantar todos os dias.”

Cultura

“O povo quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas. Quer ir ao teatro, ver cinema, ter acesso a todos os bens culturais, porque a cultura alimenta nossa alma.”

Diferenças

“É preciso reconstruir a alma deste país, recuperar a generosidade, a solidariedade, o respeito às diferenças e o amor ao próximo.”

Poderes

“É preciso retomar o diálogo com Legislativo e Judiciário. Sem tentativas de exorbitar, intervir, controlar, cooptar, mas buscando reconstruir a convivência harmoniosa e republicana entre os três Poderes.”

Economia

“Vamos reindustrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores.”

Democracia

“É assim que eu entendo a democracia. Não apenas como uma palavra bonita inscrita na Lei, mas como algo palpável, que sentimos na pele, e que podemos construir no dia a dia.”

Avenida Paulista
Fascismo

“Nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo. A democracia está de volta no Brasil, a liberdade está de volta (…) Não é possível um povo sofrer tanto por um governo fascista, que não gostava do povo, não gostava de negro, não gostava de indígena.”

Bolsonaro

“Não foi uma campanha do Lula contra o Bolsonaro, foi uma campanha da democracia contra a barbárie.”

Fome

“O que falta é vergonha na cara das pessoas que governam esse país.”

Cultura

“Quem tem medo de cultura é quem não gosta do povo, de liberdade, de democracia, e o País vai recuperar sua cultura. Nós vamos recuperar o Ministério da Cultura e vamos criar comitês estaduais de cultura.”

Esquerda

“Falei com a esquerda, com o centro, e do outro lado eu vou falar com a esquerda outra vez, aqui não tem direita. Agora, eu vou para a esquerda do lado de lá. Atenção, povo de São Paulo! Povo do Brasil! Já falei no centro, falei com a esquerda, e agora estou falando com a esquerda outra vez.”

Transição

“Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas.”

Economia

“Eu vou, outra vez, recuperar o Brasil diante do mundo. O Brasil não vai ser mais pária da sociedade.”

Democracia

“Não foi uma campanha de um homem contra outro homem, foi a campanha de um conjunto de pessoas que amam a liberdade e a democracia contra o autoritarismo que gastou mais dinheiro e usou mais a máquina do que qualquer campanha em qualquer momento da história.”

Estadão conteúdo

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