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Brasil

Três escolas se destacam nos desfiles de segunda-feira na Marquês de Sapucaí

Arquivo Geral

13/02/2018 16h50

Fernando Grilli/Riotur

Soraya Kabarite e Cláuda Carvalho
Especial para o Jornal de Brasília

A campeã do Carnaval carioca será conhecida na tarde de hoje, quando a Liga das Escolas de Samba promove a abertura dos envelopes com as notas dos julgadores. Beija-Flor, Salgueiro e Portela são francas favoritas ao título, mas Mocidade Independente, Unidos da Tijuca e a surpreendente Paraíso do Tuiuti também têm chances de disputar o primeiro lugar.

Fernando Grilli/Riotur

As escolas que se apresentaram no segundo dia de desfiles souberam driblar melhor a crise gerada pelo corte da verba da Prefeitura, que caiu para R$ 24 milhões para R$ 12 milhões, e colocaram na avenida um carnaval mais bem acabado. A Unidos da Tijuca homenageou o multitalentoso Miguel Falabella e divertiu o público ao relembrar personagens de sucesso na TV: os ritmistas vieram de Caco Antibes, do humorístico “Sai de Baixo”.  A escola enfrentou alguns problemas de luz e errou ao apresentar alguns carros com armação à mostra, mas tinha um ótimo samba e belas fantasias.

Fernando Grilli/Riotur

A Portela estava imponente e por vezes pareceu que a crise não chegou na escola de Madureira. Com um enredo sobre judeus holandeses que chegaram ao Nordeste do Brasil, mas foram expulsos pelos portugueses e acabaram fundando Nova York, a escola estava lindíssima. Arrebatou o público, que gritava ‘é campeã’ e foi ao delírio a cada retomada de paradinha em ritmo de forró. É candidata ao bicampeonato.

Fernando Grill/Riotur

Terceira escola a desfilar no Sambódromo do Rio com o enredo Brasil Bom de Boca, a União da Ilha mostrou porque o país é considerado o celeiro do mundo ao trazer toda espécie de frutas, grãos e iguarias típicas que encantam o mundo. A escola passou simples e enfrentou problemas com o som, mas veio alegre e o samba levantou as arquibancadas. A bateria fez várias paradinhas, levando o público ao delírio.

 

Gabriel Monteiro/Riotur

A Acadêmicos do Salgueiro foi a quarta escola a desfilar e fez a mais bonita apresentação da noite até então. O enredo Mulheres do Ventre do Mundo homenageou matriarcas e mulheres negras da história desde a antiguidade. Explorando o dourado em todos os setores, o Salgueiro quis emocionar e conseguiu, com histórias misteriosas do Antigo Egito e outras africanas mais, somada à de escritoras, cozinheiras e lutadoras escravas brasileiras. É forte candidata ao título.

Fernando Grilli/Riotur

A Imperatriz Leopoldinense, penúltima escola a desfilar no carnaval do Rio, fez um desfile morno, burocrático e às vezes confuso. A relevância histórica do Museu Nacional não pôde ser bem compreendida em meio a tantos faraós, plantas e animais que compunham o enredo. O samba-enredo também não empolgou e a representante do subúrbio da Leopoldina ainda mostrou alegorias mal-acabadas e fantasias um tanto óbvias. Mas como a escola tem uma estética que sempre agrada os julgadores, pode ser que consiga um retorno no desfile das campeãs, mesmo não sendo isso que o público queira ver.

Gabriel Nascimento/Riotur

Ambição, intolerância, corrupção e abandono. A Beija-Flor explorou os assuntos que mais preocupam o brasileiro no dia a dia e desfilou arrebatadora no Sambódromo, fechando o carnaval do Rio. A dor da mãe que perde o filho para a violência se misturou a tornozeleiras eletrônicas e malas de dinheiro para contar o enredo “Monstro é Aquele Que Não Sabe Amar! Os Filhos Abandonados da Pátria que os Pariu”, que teve como ponto de partida a história de Frankenstein. A escola de Nilópolis é mais uma favorita ao título de campeã. (com a colaboração de Jorge Eduardo Antunes e Andreia Salles)

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