O norte-americano Justin Gatlin pode não ser o único a ter a carreira encerrada por causa do mais recente escândalo de doping envolvendo seu nome. A Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) estuda a possibilidade de punir o técnico Trevor Graham. Responsável pelo treinamento de Gatlin, ele também teve outros seis atletas suspensos pelo uso de drogas proibidas.
"Uma vez que tenhamos evidências suficientes para provar nós poderemos processá-lo", afirma o porta-voz da Iaaf, Nick Davies. O treinador pode ser suspenso por dois anos caso seu principal atleta seja considerado culpado de doping. E não é apenas a entidade internacional que está de olho no treinador. A Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) também acena com a possibilidade de penalização sobre Graham se houver confirmação do doping de Gatlin.
Enquanto isso, o Comitê Olímpico Norte-americano mantém seus estudos para encontrar maneiras de punir técnicos que desrespeitam regras da instituição. Entre as possíveis sanções em estudo estão o veto à concessão de credenciais nos principais eventos, além da proibição de utilizar instalações de treinamento.
O porta-voz do Comitê, Darryl Seibel, avisa porém que nada exime de responsabilidade os atletas, mas comprova que a entidade reconhece a participação de outras pessoas nos casos. "Quer dizer, nós acreditamos que há outros com influência significativa junto aos atletas que devem compartilhar a responsabilidade por uma competição limpa. Especialmente, agentes, técnicos e treinadores que carregam um considerável padrão de dopings positivos".
