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Brasil

Suspensão de vacinação de jovens pode estar relacionado a morte de adolescente

Segundo Queiroga, dos três milhões de jovens que já se vacinaram no país, pouco mais de três mil tiveram reações adversas

Geovanna Bispo

16/09/2021 15h25

Após suspender a imunização dos adolescentes com 12 anos ou mais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão foi tomada após um jovem de 16 anos falecer em São Paulo dez dias após se vacinar. A pasta ainda investiga o caso.

Sobre o caso, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou em nota que, até o momento, não existe comprovação sobre a relação. “O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está investigando o caso devido à relação temporal com a aplicação da vacina. Qualquer afirmação ainda é precoce e temerária.”

Outro motivo apontado pelo ministro são as reações às vacinas. Segundo Queiroga, dos três milhões de jovens que já se vacinaram no país, 1.571 tiveram reações adversas.

De acordo com o ministro, 1.378 desses casos ocorreram pela aplicação de imunizantes não recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a Coronavac e a AstraZeneca. Até o momento, a única autorizada para tal é a Pfizer.

“Boa parte dos efeitos adversos aconteceram por esse erro de vacinação. O Ministério da Saúde vai ficar vigilante para acompanhar, até mesmo por busca ativa, e vamos pedir aos secretários para acompanhar de perto”, disse.

Queiroga ainda fez um apelo para todos os secretários de Saúde do país sigam o plano de vacinação e apenas direcionem a vacina da Pfizer para o grupo.

E agora?

A recomendação do ministério para aqueles jovens sem comorbidades que já tomaram a primeira dose de qualquer uma das vacinas é que o ciclo vacinal seja suspenso. Para aqueles com comorbidades que começaram a se imunizar com a Pfizer a recomendação é que continue.

“Aqueles sem comorbidades, independentemente da vacina que tomaram, não tomem outra, por uma questão de cautela. Os com comorbidades podem completar o esquema vacinal”, explicou o ministro.

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