A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (27) a terceira fase da Operação Seguro Fake, com o propósito de desmantelar empresas que operam de forma ilegal no mercado de seguros, se autodenominando indevidamente como associações de proteção veicular. De acordo com a legislação brasileira, o modelo associativo não autoriza a comercialização de seguros.
Cinco mandados de busca e apreensão foram executados, sendo três na região da Pampulha, em Belo Horizonte, um em um condomínio de luxo em Lagoa Santa e outro na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Todos os mandados foram direcionados à mesma empresa, reconhecida no mercado ilegal de seguros, e foram emitidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte. Uma das ações de busca e apreensão foi realizada na sede da empresa, situada no Bairro São Luiz, resultando na apreensão de computadores, planilhas e outros documentos.
Conforme informações da PF, essa associação é uma das maiores do Brasil, comercializando seguros de forma ilegal em todos os estados do país. Estima-se que o grupo, liderado por um casal de Belo Horizonte, possua mais de 100 mil clientes e cerca de 500 funcionários. Segundo reportagem do G1, a empresa em questão é a APVS Brasil.
Foi constatado que diversos clientes dessa empresa, erroneamente tratados como “associados”, não receberam indenizações quando enfrentaram sinistros com seus veículos.
A associação acumula centenas de reclamações no Procon e em plataformas de queixas de consumidores. As principais reclamações incluem a recusa de pagamento de indenizações por perda total, a baixa qualidade das oficinas credenciadas, a negação de serviço de reboque, a falta de cobertura para veículos de terceiros, entre outros problemas.