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Brasil

Rio: polícia ocupa local onde tráfico treinava guerrilha

Duas pessoas foram presas na manhã de ontem, no segundo dia de operações contra facções que atuam no tráfico de drogas no Rio de Janeiro

Redação Jornal de Brasília

10/10/2023 20h04

Rio de Janeiro – Operação policial após ataques às bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Duas pessoas foram presas na manhã de ontem, no segundo dia de operações contra facções que atuam no tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O foco principal era a facção Terceiro Comando Puro (TCP). No início da manhã, PMs foram ao clube na Maré que servia como “centro de treinamento” dos criminosos, onde aprendiam táticas de guerrilha.

Dois fuzis, uma espingarda calibre 12 e uma réplica de metralhadora .50 foram apreendidos. Além disso, 93 veículos que estavam em dois galpões de clonagem foram recuperados. Segundo o governo do Estado, desde o início da operação as facções criminosas já tiveram R$ 18 milhões em “prejuízo”. Assim como na segunda, cerca de mil agentes das Polícias Civil e Militar, incluindo batalhões especiais, atuaram nesta terça em diferentes favelas, em especial no Complexo da Maré, na zona norte. A Cidade de Deus, na zona oeste, também foi alvo da ação. Ao todo, os agentes removeram 36 toneladas de barricadas montadas pelo tráfico na Maré.

Além disso, agentes da Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (DRE) encontraram ontem uma plantação de skunk em uma casa de dois andares na Vila do João, Complexo da Maré. O skunk é conhecido como “supermaconha”, com efeitos mais potentes e nocivos.

Na segunda, primeiro dia da megaoperação, as forças de segurança foram a bases do Comando Vermelho, facção que é suspeita do assassinato de três médicos na semana passada, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Nove pessoas foram presas, sendo três delas em flagrante – contra as outras seis havia mandados de prisão em aberto. Entre os presos está um policial militar que fazia a “segurança” de um caminhão carregado com 100 quilos de cocaína. A carga apreendida é avaliada em R$ 12 milhões.

A operação também apreendeu meia tonelada de maconha e acabou com um laboratório de refino de drogas e fabricação de explosivos. Em paralelo, agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizaram uma operação em presídios do Complexo de Gericinó, em Bangu, para coibir a atuação de líderes das facções. Ao todo, 58 celulares foram apreendidos nas celas, além de um quilo de drogas.

Médicos

A megaoperação desta semana ocorre na esteira do assassinato dos três médicos na semana passada. A principal hipótese da polícia para a motivação do crime é de que um dos profissionais pode ter sido confundido com um miliciano. Além de conflito declarado entre facções ligadas a traficantes e outras de milicianos, alguns grupos estão se unindo para tentar expandir as suas áreas de atuação.

Estadão Conteúdo

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