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Brasil

Refém usado como escudo relata medo: ‘não estavam ali para brincar’

Na madrugada desta segunda-feira (30), homens fortemente armados atacaram agências bancárias na cidade de Araçatuba, em São Paulo

Redação Jornal de Brasília

31/08/2021 7h25

Foto: reprodução

“De repente, um homem me puxou da moto e mandou eu parar. Pensei que era uma blitz policial, mas depois vi que se tratavam de assaltantes”. Esse é o relato de um dos reféns usados como escudo por uma quadrilha que atacou três agências bancárias em Araçatuba, no interior de São Paulo.

“As mulheres foram tratadas com um pouco de respeito, mas com os homens eles eram bastante agressivos. Quando viram algum morador olhando pela janela do prédio, eles atiravam contra eles e na direção das vitrines de vidro das lojas para nos assustar e vermos que eles não estavam ali para brincar”, disse o homem que foi colocado no teto de um dos carros.

“Eles mandaram a gente ligar para a polícia para avisar que estávamos como escudo, para eles não fazerem nada porque iriam nos matar. Foram momentos de pânico, a única coisa que eu pensava é que iria morrer”, disse a vítima em entrevista para o Uol.

O caso

Na madrugada desta segunda-feira (30), homens fortemente armados atacaram agências bancárias na cidade de Araçatuba, em São Paulo. Na ocasião dois suspeitos foram mortos e três pessoas morreram. Pelas redes sociais, o prefeito Dilador Borges (PSDB) cancelou as aulas nas escolas e pediu para a população evitar sair de casa.

“Estou em contato com as autoridades militares e para segurança da população, nesta segunda-feira (30) estaremos cancelando as aulas nas escolas municipais e estaduais, também peço a todos que caso possível evitem sair de suas casas, pois temos informações que ainda há até explosivos em alguns pontos no centro da cidade, porém, qualquer material estranho que ver, por favor, não toque e ligue para o 190”, escreveu Dilador.

Antes da fuga, os criminosos armaram explosivos nas ruas e uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) conseguiu desativar os artefatos.

De acordo com a PM, a interdição ao centro da cidade só deve acabar após a remoção de todos os explosivos. Um caminhão foi deixado pelos bandidos na região. O veículo também será averiguado.

A orientação da Polícia Militar é de que a população local não saia de casa porque há a suspeita de explosivos espalhados pela cidade. Segundo a PM, pelo menos dez carros foram utilizados na ação.

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