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Brasil

Quem era o assassino em série Pedrinho Matador, morto na Grande SP

“Imaginem alguém que começou a receber as pancadas da vida ainda na barriga da mãe? Era matar ou morrer”

FolhaPress

05/03/2023 17h32

Gabriela Vinhal
Brasília-DF

Aos 69 anos, Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, foi morto a tiros neste domingo (5) em frente à residência onde morava, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Um dos maiores assassinos em série do país, Pedrinho Matador tinha em sua ficha criminal 71 homicídios, mas dizia que havia matado mais de cem pessoas, inclusive o próprio pai.

Para cumprir todas as penas pelas quais foi condenado, teria de passar mais de 130 anos atrás das grades. Nascido em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, o serial killer passou a maior parte da vida preso e virou youtuber meses após ser solto em 2018.

O primeiro crime cometido foi aos 14 anos, segundo a polícia. Na lista de suas vítimas tem até político – matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir o pai que trabalhava de guarda em uma escola.

Idas e vindas na cadeia

Preso pela primeira vez aos 19 anos, em 1973, Pedrinho deixou a cadeia só em 2007. Quatro anos depois, foi preso novamente e saiu pela última vez em 2018, quando decidiu criar o canal no Youtube, com o nome de “Ex-Pedrinho Matador”.

“Imaginem alguém que começou a receber as pancadas da vida ainda na barriga da mãe? Era matar ou morrer”. Essa é a frase que inicia o texto de apresentação de Pedrinho na página. O assassino em série dizia que havia mudado.

“Quando o desejo da mudança é sincero, o universo conspira a favor pondo as pessoas certas nos lugares certos. Até mesmo aqueles que são vistos e estigmatizados como o mal podem encontrar a luz”, escreveu.

Facas e golpes

Pedrinho Matador nasceu em 1954, em uma fazenda no sul de Minas Gerais. Veio ao mundo com a cabeça machucada, porque, segundo ele, o pai chutou a barriga da mãe durante uma briga.
Na maior parte dos crimes, usava facas e desferia golpes no abdômen das vítimas. Depois passou a quebrar o pescoço dos alvos.

Como quando foi preso, em 1973, matou dessa forma seu colega de viagem, a caminho da cadeia, justificando que o sujeito era um estuprador. Pedrinho carregava na pele uma tatuagem com os dizeres “Mato por prazer”.

Vingança do pai

Pedrinho passou grande parte da sua vida jurando vingança ao próprio pai. Aos 20 anos, quando estava preso, o pai dele foi cumprir pena na mesma prisão onde estava, acusado de matar a esposa a facadas.
Ele então assassinou o próprio pai, com 22 golpes de faca.

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