BRUNO LUCCA E DÉBORA MELO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS0
Após a realização de assembleia nesta terça-feira (10), integrantes da Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) decidiram, por maioria, suspender a greve na USP.
Os estudante seguem em greve, e uma assembleia para decidir sobre a manutenção ou não da paralisação está marcada para esta quarta (11).
Na assembleia que suspendeu a greve, os professores reafirmaram apoio ao movimento estudantil e decidiram que a mobilização continuará, por exemplo, com a divulgação de dados sobre a perda de docentes na universidade.
Em carta enviada à Reitoria, a Adusp também pede que não haja retaliação por adesão à paralisação.
“Reafirmamos o apoio ao movimento e às pautas das e dos estudantes, e consideramos essencial que não haja qualquer tipo de retaliação pela adesão e defesa da greve”, diz o documento.
Questionado sobre a possibilidade de a suspensão da greve pelos docentes indicar que os estudantes podem deliberar da mesma forma, Davi Bomfim, um dois um diretores do movimento, diz que ainda há muitas posições divergentes entre os grevistas.
“Só vamos conseguir ter uma posição amanhã”, disse Bomfim, que é formado em ciências sociais pela USP.
Na assembleia desta terça também foi decidido que os professores farão uma campanha para “denunciar a política de contratação docente que implica concorrência entre unidades, departamentos e/ou grupos de docentes”.
“A assembleia geral da Adusp chama a atenção do conjunto do corpo docente da universidade para as graves consequências da política de competição entre unidades por claros docentes, implantada por meio dos mal chamados ‘editais de mérito'”, diz nota divulgada pela Adusp.