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Brasil

Professora e diretora de escola da zona leste de SP são mortas a caminho do trabalho

Homens com armas longas desembarcaram do carro de luxo e atiraram “diversas vezes” contra o veículo das vítimas

Redação Jornal de Brasília

24/05/2021 17h19

Foto: Reprodução/TV

Alfredo Henrique
São Paulo, SP

Uma professora e uma diretora de uma escola municipal foram mortas a tiros, por volta das 6h40 desta segunda-feira (24), quando o carro em que estavam foi interceptado por ao menos três pessoas, segundo a Comunicação Social da Polícia Militar, na região de Guaianases (zona leste da capital paulista). Nenhum suspeito havia sido identificado ou preso até a publicação desta reportagem. Uma terceira mulher estava no veículo, mas não foi atingida.

De acordo com a polícia, a diretora Jéssica Aparecida Lopes Frazão, 31, e a professora Marli Gomes de Lima Lana, 42, trabalhavam na CEI (Centro de Educação Infantil) Jardim Lapena, na zona leste. A outra mulher, de 33 anos, segundo a Secretaria Municipal da Educação, também trabalhava na escola.

Segundo a PM, as três seguiam para a escola quando o carro em que estavam foi interceptado por um Volvo XV 60, preto, na altura do número 200 da avenida Professor Osvaldo de Oliveira. Três homens com armas longas desembarcaram do carro de luxo e atiraram “diversas vezes” contra o veículo das vítimas, ainda segundo a polícia. O trio de atiradores fugiu em seguida no mesmo veículo em que chegou.

As duas mulheres morreram no local e a terceira vítima “saiu ilesa”, segundo a Polícia Militar. O depoimento dela pode ajudar a Polícia Civil a entender a dinâmica do crime.

O caso foi encaminhado ao 63º DP (Vila Jacuí) que investiga o que teria motivado o ataque ao veículo com as educadoras. Não foi informado o local de trabalho delas.

Policiais militares preservavam até por volta das 13h desta segunda o local do Hyundai Tucson preto, onde as vítimas estavam, para a realização de perícia.

Em uma rede social, a instituição de ensino disse que o atendimento estará suspenso até segunda ordem. “Avisaremos assim que tudo se normalizar”.

Dados da Secretaria da Segurança Pública indicam que, entre janeiro e março deste ano, duas pessoas foram assassinadas na região onde houve o homicídio das professoras. Número semelhante ao mesmo período do ano anterior.

Já na capital paulista, no primeiro trimestre deste ano, 157 pessoas foram mortas, uma queda de 21% em relação ao mesmo período de 2020, quando 199 foram vítimas de homicídio na cidade.

Entre janeiro e março deste ano, ao menos 20 mulheres foram assassinadas na capital paulista, das quais 50% em crimes registrados como feminicídio. No estado foram, respectivamente, 101 e 43 casos, ainda segundo dados da SSP.

As informações são da FolhaPress

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