Os lojistas da Feira da Madrugada, realizada todos os dias no Brás, na região central, têm até o dia 9 de maio para desocuparem a área. A decisão está em decreto publicado nesta terça-feira, 30, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), atendendo à determinação do promotor César Dario Mariano da Silva. Ele argumenta que há na área alta concentração de materiais inflamáveis e falta de espaço para a circulação dos mais de 200 ônibus que estacionam no local.
A Prefeitura de São Paulo trabalha com três alternativas para realocar os 4 mil boxes de comerciantes. Uma das possibilidades é transferir temporariamente os lojistas para um terreno de 171 mil metros quadrados na Vila Guilherme, na Rua Chico Pontes, ao lado do Parque do Trote, na zona norte, onde funcionava o Mart Center.
Outros dois terrenos mais próximos de onde hoje é realizada a feirinha, um no Brás e outro no Pari, também estão sob análise. “O que não podemos permitir mais é a realização onde é hoje, totalmente sem segurança. Ali os riscos são maiores que os da boate de Santa Maria (RS)”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo o secretário do Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel.
O vereador Adilson Amadeu (PTB), principal liderança dos lojistas da feirinha no Legislativo, avalia que a possibilidade de acordo amigável é praticamente remota. “Podemos esperar uma guerra”, prevê Amadeu. A mudança da Feira da Madrugada deve ser um dos assuntos a ser debatido na sessão plenária da Câmara Municipal hoje, 30.