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Brasil

Ponto a ponto: entenda como é a operação de resgate dos brasileiros em Gaza

Para evitar bombardeios, tanto os transportes usados nos deslocamentos quanto os endereços foram informados pela diplomacia brasileira para as autoridades de Gaza e de Israel

Redação Jornal de Brasília

13/11/2023 18h41

Atualizada 13/12/2023 22h53

O grupo de brasileiros repatriados de Gaza ao lado de diplomatas brasileiros e da equipe de resgate em Al-Arish, onde pararam para almoçar antes de seguir para o Cairo, no Egito. Foto: GOV.BR

O grupo de 32 brasileiros repatriados pelo Governo Federal finalmente pôde respirar aliviado depois de chegar numa escala da viagem entre a fronteira do Egito com Gaza e o Cairo.”Meu Deus, eles estavam presos. Trinta e cinco dias. Chegaram aqui para a gente almoçar e todo mundo correu na praia”. A frase de Hasan Rabee acompanhou um vídeo que ele postou no Instagram no fim da tarde deste domingo, na cidade de Al-Arish, no Egito. As imagens mostram meninas e meninos correndo na areia em direção ao mar.

Na capital egípcia, eles terão uma noite de descanso antes de embarcarem num VC-2, da Presidência da República, rumo ao Brasil. São 17 crianças, nove mulheres e seis homens. Vinte e dois brasileiros e dez palestinos familiares dos brasileiros.

A previsão é de que a aeronave decole por volta das 12h (horário local). A estimativa da Força Aérea Brasileira (FAB) é de que sejam feitas escalas técnicas em Roma, na Itália, depois em Las Palmas, na Espanha, e uma última na Base Aérea de Recife, já em território nacional, antes da aterrissagem em Brasília.

“Eu queria relembrar que eles receberam todo o apoio de nossa representação em Ramala. Foi proporcionado um local onde ficaram abrigados por cerca de três semanas. Tiveram transporte para o ponto de fronteira, auxílio financeiro para cruzar a fronteira. Um comboio foi organizado para levá-los ao Cairo. O avião da Presidência já está há quase um mês no Cairo à espera deles”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, numa coletiva de imprensa na tarde deste domingo.

MINÚCIAS

Vieira listou uma série de iniciativas que fizeram parte da rotina da Representação Brasileira em Ramala nesse período. A equipe comandada pelo embaixador Alessandro Candeas monitorava diariamente a situação.

No início do conflito, hospedou parte do grupo de brasileiros na escola Rosary Sisters, na região Norte de Gaza. Diante da intensificação dos bombardeios, um ônibus fretado levou 16 pessoas para o sul de Gaza, em Rafah, já próximo à zona de fronteira. Outros 18 que manifestaram interesse na repatriação ficaram hospedados em Khan Yunis.

Para evitar bombardeios, tanto os transportes usados nos deslocamentos quanto os endereços utilizados foram informados pela diplomacia brasileira para as autoridades de Gaza e de Israel.

 

Passo a passo do resgate dos brasileiros que estavam em Gaza

RECURSOS

No cotidiano desse período de quase um mês, o Governo Federal garantiu recursos para que os dois grupos tivessem acesso a alimentos, medicamentos, gás, água potável e atendimento médico e psicológico online, por telefone, única medida possível dentro de uma região conflagrada.

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